Roadie Metal Cronologia: Venom – Prime Evil (1989)

Dando sequência ao Roadie Metal Cronologia, o álbum do dia é o “Prime Evil“, o sexto álbum do Venom, lançado em 1989. E é o primeiro álbum com a “nova formação” da banda. Sendo o baterista Abaddon e o guitarrista Mantas, os únicos integrantes da formação original.

Esse álbum também conta com Tony Dolan como vocal e baixista, e Al Barnes como segundo guitarrista.

As críticas ao álbum foram bem divididas, pois ele foi aprovado pelos especialistas, mas extremamente apunhalado pelas costas, por fãs que não aceitaram a mudança de vocalista.

A faixa-título do álbum, “Prime Evil”, têm muita influência de heavy metal oitentista, e já é notável a diferença entre o antigo e o atual vocalista. Cronos carregava na voz aquele ar bruto, aquela sujeira que deixava o som da banda mais thrash metal ainda. Já Dolan, me lembrou um pouco os vocais de hard rock, o que certamente, influencia também na sonoridade das músicas.

“Parasite” e “Carnivorous” são as legítimas músicas que te fazem sentir vontade de fazer um mosh em qualquer lugar que esteja ouvindo elas. Já começa com a velocidade e guitarras rasgadas que todo fã thrash gosta. “Blackned Are The Priest” têm um ar mais sombrio em algumas partes, com umas guitarras puxando bem para um black metal.

A faixa “Skeletal Dance” é uma das que conseguem fazer o equilíbrio entre o groove e umas pegadas mais cadenciadas, com a velocidade do thrash. Ela é seguida por “Megalomania“, um cover do Black Sabbath, que a faz competir de igual para igual com a música original.

“Insane” faz jus ao nome, segue a mesma linha de “Parasite“, já começando com porrada, e “Harder Than Ever” ao meu ver destoa do restante das músicas, porque tem uma pegada bem mais do heavy metal raíz, e tem um refrão bem ao estilo Motley Crue. É uma das melhores, mas de thrash metal mesmo…não tem muito. “Skool Daze” também segue nesse mesmo estilo, com uma influência “heavy and hard” do início ao fim.

“Into the Fire” em algumas partes tem um vocal com efeitos meio psicodélicos, que dá um ar diferenciado pra música. A faixa que encerra o disco é “Live Like An Angel – Die Like A Devil“, preenchidas com um vocais grunhidos, e um instrumental na linha do speed metal.

Minha nota para o disco é 8, por em algumas músicas ter saído totalmente da proposta da banda.