Falar do VADER, especialmente neste álbum ” The Ultimate Incantation” é tentar destrinchar o que realmente é Death e o que é uma estreita e profunda referência no Thrash Metal. O início dos anos 90 foi marcado pela fase de nascimento e fixação do Thrash e do Death, mas se você ouvir um Cannibal Corpse, por exemplo você vê claramente as bases que fundamentam a banda, no DEATH. No caso do Vader, eles ainda não tavam maduros o suficientes para isso. O que mudaria de figura no disco consequente, o “De Profundis” e daí em diante, ir definindo melhor as bases e conceitos do trabalhos dos caras.
As faixas têm uma similaridade impressionante, onde as músicas praticamente se parecem, num misto de velocidade e thrash puro (com muito do que o Sepultura faziam também na época, mas sendo assumidamente uma banda THRASH). Enquanto nessa época, várias bandas tentavam ascender sua potencialidade como artistas inovadores, o VADER, especialmente neste álbum, não trouxe o diferencial para que considerássemos algo realmente louvável, a ponto de terem a visibilidade mercadológica…
É claro que é mais uma boa referência para entender a fusão de um estilo com outro, mas é ainda um pouco confuso para mim separá-lo das bases de Slayer, por exemplo. Vindos da POLONIA, vamos dar um desconto…Não beberam de fontes possantes como as bandas nascidas nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha mas o que não justifica nada, pois Sepultura nasceu no bairro do “Clube da Esquina” em Belo Horizonte.
Creation é a típica introdução dos filmes de terror, bem óbvia do inicio, de alguns álbuns e ficamos à espera do horror que virá depois (no bom sentido da palavra) mas de repente nos vimos diante de algo brando e não inovador. Não chamarei de água com açúcar, porque tem porrada boa ali, mas o peso da banda é similar à um trem seguindo uma ferrovia sem fim. Os metais, cordas e vocais não nos levam a bater a cabeça como bandas realmente detonadoras de Death.
Dark Age, Vicious Circle, The Crucified Ones, The Final Massacre, Testimony e Reign Carrion são uma coisa só.
Daqui para frente as composições são mais técnicas e musicalmente identificam melhor as características que exaltam a qualidade do VADER. Mas antes nada mais era do que uma forma de mostrar peso sem harmonia.
Chaos – Boas Guitarras.
One step to salvation – É a faixa onde eles conseguiram se destacar melhor na variação dos acordes e da harmonia. é bom para seu SET LIST variado de METAL (minha preferida)
Demon´s Wind, Decapitated Saints e Breath of Centuries finalmente esculpem a identidade da banda e convencem a crítica e os fãs.
Obviamente, as letras destrincham de forma densa e justa o título de banda de DEATH, e em alguns momentos no final, vê se também que a banda não é assim também descartável na hora que você vai conhecer coisas boas do estilo. Obviamente os sons mais recentes do Vader são muito parecidos, mas a diferença é que tudo se parece Vader ou seja: É uma banda com personalidade e estilo sim.
Mas não em Ultimate Incantation é um pouco distinto dos outros álbuns e possui mais elementos que o fazem ser uma banda que homenageia seus ídolos dos anos 80 de THRASH METAL, como Morbid Angel, ainda que de forma bem fraca.