Como você leitor pode conferir durante os últimos 10 dias, a equipe da Roadie Metal resenhou para você toda a discografia da banda polonesa Vader e hoje chegamos no trabalho de número 11 da carreira dessa grande banda, o disco “The Empire”, último trabalho de estúdio lançado oficialmente pelo grupo.
Considerados um dos pioneiros do Death Metal mundial, o grupo possui álbuns icônicos e considerado por muitos como obras sagradas e indispensáveis para o estilo.
Em “The Empire” a banda manteve a sonoridade de seus últimos lançamentos, mesclando linhas mais cadenciadas, fugindo daquela velocidade infernal dos primórdios, o grupo entrega um disco mais Thrash Metal do que Death, é nítido que aquela sonoridade mais intensa, mais agrupada que o grupo apresentava, foi descontruído nesse trabalho que soa mais cadenciado. Isso é um ponto positivo para o grupo que desta forma dificilmente deixa a música cair em uma fadiga pela sua proposta de diversificação e variações rítmicas do início ao fim.
Logo de abertura a faixa “Angels of Steel” mostra muita velocidade e riffs destruidores do início ao fim, com uma transição perfeita para a segunda música “Tempest”, os poloneses continuam destilando velocidade e peso. Ouvintes desatentos podem nem perceber que a música mudou, tamanha conjuntura de uma ligando a outra.
Em “Prayer to the God of War” é o grupo mostra que as bases e riffs de guitarras possuem muita semelhança de uma música para outra, um constante do disco inteiro, o Vader não inventou muito em “The Empire”, mas com muita qualidade entrega um disco forte e bem estruturado.
“Iron Reign” é mais sombria e cadenciada, sendo que nessa faixa só os vocais de Peter podem ser considerados com elemento de Death Metal na música, em alguns momentos as dobras de guitarra até nos remetem em Accept, tamanha as mudanças sonoras propostas do disco.
Ainda no campo do Thrash Metal, a faixa “No Gravity” é rápida cheia de blast beats e conduzida em sua maioria pela bateria, as guitarras que são os únicos instrumentos que mantem toda o vigor e assombroso timbres do Death Metal mais mortal e insano.
“Genocidius” talvez seja a faixa mais pesada do álbum, soturna e sombria, a música é cheia de riffs memoráveis e tambores explosivos, sem contar os vocais forte de Peter.
“Teh Army-Geddon” tem como destaque as cavalgadas das guitarras, palhetadas e contra-tempos fazem qualquer um bater cabeça ao ouvir a música do disco.
Em “Feel My Pain” a simplicidade é uma constante, sem muito o que acrescentar a música é pesada, mas simplória e modesta.
“Parabellum” é a mais curta de todo o disco, com seus pouco mais de 2min, a faixa e como uma linha retilínea e atenue que segue um caminho único do início ao fim. Velocidade, peso, riffs, feche isso e comece de novo, velocidade, peso e riffs, pronto a formula foi feita.
“Send Me Back To Hell” é uma das melhores faixas do álbum, a musica é sinistra e sua interpretação faz jus ao nome escolhido pelo grupo, o coro é absolutamente maciço e, em minha opinião, deu até vontade de voltar ao inferno.
Os fãs de metal extremo talvez torçam o nariz para esse disco que foge do que um dia foi as premissas do Vader, mas de antemão informo que o disco é muito bom e agradável de se ouvir, mas para isso é necessário ter a mente mais aberta e aceitar variações e mescla de outros estilos musicais propostos pelo grupo. Afirmo que “The Empire” não é um disco de Death Metal puro, mas sim um disco de Thrash/Death/Heavy.
Track List:
1. Angels of Steel
2. Tempest
3. Prayer To the God of War
4. Iron Reign
5. No Gravity
6. Genocidius
7. The Army-Geddon
8. Feel My Pain
9. Parabellum
10. Send Me Back To Hell
Formação:
Piotr “Peter” Wiwczarek – Vocal/Guitarra
Marek “Spider” Rygiel – Baixo
Tomasz “Hal” Halicki – Baixo
James Stewart – Bateria