Roadie Metal Cronologia: The Rolling Stones – Black and Blue (1976)

O décimo terceiro álbum da banda “Black and Blue”, veio marcado por polêmica e boicote. Lançado em 1976 pela Rolling Stones Records e com produção de Mick Jagger e Keith Richards, consta com 8 faixas em 41 minutos.

Em uma época onde o movimento feminista crescia constantemente a banda teve a ingrata e infeliz ideia (ao meu ver), de colocar uma mulher amarrada e pendurada no teto, cheia de hematomas em tons de azul escuro, sentada de pernas abertas e em cima de uma foto do álbum, com a seguinte frase: “I am ´Black and Blue` for the Rolling Stones – and I love it!”, traduzindo: “eu estou preta e azul pelos Rolling Stones e eu amo isso !”
Obviamente que acabou repercutindo negativamente e houve revolta e protesto, tanto que o movimento WOMEN AGAINST VIOLENCE AGAINST WOMAN (Mulheres Contra a Violência Contra Mulheres), publicou uma carta de repúdio, que dizia:

 “Essa campanha explora e sensacionaliza a violência contra a mulher com o propósito único de vender discos. A propaganda contribui para o mito que mulheres gostam de apanhar e condiz com uma atitude de permissão para a brutalização de mulheres”

A propaganda chegou a ser retirada de veiculação após os protestos e com isso a banda conquistou mais notoriedade, ganhou visibilidade sobre algo sério e sem dúvida alguma machista.

Além das polêmicas o álbum teve mudanças na sua formação: Ronnie Wood passou a substituir Mick Taylor na guitarra.
Achei o álbum meio “morno”, parece que ficou faltando algo, algum ápice. Mas destaco algumas canções: “Cherry Oh Baby”, talvez seja a música mais “legalzinha”, mas vale ressaltar que é um cover de Eric Donaldson, arrisco a dizer que é a canção menos enjoativa.“Memory Hotel” me chamou atenção, uma balada bem gostosa de ouvir.
“Melody” com um belíssimo piano não há nem como não destacá-la.   “Crazy Mama”, música que encerra o disco, também tem seu charme, além de riffs que se destacam.
Um álbum que talvez tenha exagerado em muitas baladas, deixando assim uma obra totalmente mediana. As críticas da época deixaram bem claro a decepção.

Nas minhas considerações finais como comentei anteriormente, ficou faltando a cereja do bolo, vindo da banda THE ROLLING STONES, espera algo um pouco mais grandioso ou no mínimo mais atraente. Minha nota?! … 7… , pela consideração e importância da banda no Rock mundial e pelo peso que ela carrega, isso não levando em conta o marketing de mal gosto.