Depois da resenha de cima da montanha feita pelo Bruno Rocha, hoje falamos sobre Nighttime Birds (1997) do The Gathering. A banda continua sendo etérea nesse álbum, porém mostra aberturas para uma nova sonoridade. Nighttime Birds foi gravado entre 17 de fevereiro e 15 de março de 1997 no Woodhouse Studios em Hagen, na Alemanha. A mixagem aconteceu entre 24 e 29 de março e o lançamento foi feito no dia 15 de maio de 1997 mesmo, pela Century Media Records. Coloquei todas essas datas aqui para falar de um assunto. A sequência mostra que foi tudo rapidinho, o que indica duas coisas: ou a banda tem uma conexão incrível e não precisou de muita discussão para chegar num acordo entre as músicas ou foi tudo feito rápido e sem qualquer profundidade.
Falta de profundidade não combina muito com uma banda de metal gótico/doom metal/atmospheric. Portanto, presumi certo. É o tipo de álbum “redondinho”, onde tudo combina no lugar certo e a harmonia reina. (Podia dizer que a imaginação reinou aqui e vi vaquinhas voadoras em preto e branco com leite esparramado na parede de forma abstrata.)
Logo na introdução, os holandeses te transportam para os anos 90, quando o gótico suave combinava com a chokers e contrastava com as camisetas xadrez, amarradas na cintura. A belíssima voz de Anneke van Giersbergen reforça isso e também anuncia a leva de vozes femininas que fizeram frente nos anos 90. Ponto para as letras poéticas que são com certeza a cereja do bolo.
A próxima parada é “How to Measure a Planet?”, disco de 1998, feita pelo redator Renan Soares.

The Gathering – Nighttime Birds (1997)
15 de maio de 1997
Century Media Records
1. On Most Surfaces (Inuït)
2. Confusion
3. The May Song
4. The Earth Is My Witness
5. New Moon, Different Day
6. Third Chance
7. Kevin’s Telescope
8. Nighttime Birds
9. Shrink
Formação:
Anneke van Giersbergen – Vocals, Letras
Jelmer Wiersma – Guitarras
René Rutten – Guitarras
Hugo Prinsen Geerligs – Baixo
Frank Boeijen – Teclado, Piano
Hans Rutten – Bateria