Roadie Metal cronologia: Tank – Valley of tears (2015)

Captado na gravadora Soundhouse Records e produzido e mixado na MTR Studios, o álbum traz a banda em seu melhor momento criativo.

 

A faixa-título propõe um clima triste, sombrio e a introdução é tão próxima à realidade retratada na letra que você praticamente pode sentir na pele o quão frias as notas são.  Destaque para a intervenção vocal logo no início, carregada de tensão e reverb. Os riffs que acompanham o refrão também são perfeitamente desenhados, numa progressão clichê, admito, mas muito bem elaborados.

Com uma guitarra timbrada magistralmente, dá-se o pontapé inicial na faixa  War Dance que conta com vocais esganiçados, no bom sentido da coisa. Com uma pegada até dançante em certos momentos (vide trecho entre 0:36 e 0:44) e atenuação na pressão vocal após isso, a faixa se demonstra bastante interessante em ambos os aspectos, o que já dá uma amostra do que pode se esperar das demais.

Que bateria, amigo! Simples, groove de iniciante no primeiro mês de aula, mas quem disse que isso importa? O timbre de Eye of a Hurricane é ótimo e a pegada foi dada com precisão! Só mesmo um solo de guitarra de excelente gosto poderia se sobrepor a essa simplicidade objetiva, e foi o que aconteceu. O vocal permanece como nas outras canções, na mesma oitava o tempo todo praticamente, o que me gera uma certa curiosidade de saber como seria o timbre de sua região mais grave. Até aparece num dado momento, mas não até onde eu gostaria. Atente-se ao solo de guitarra dos 2:56 até os 3:35. É viajante!

 

Hold On é a mais fraquinha até então, clichê nos riffs tem limite! Até tento me empolgar com esse mais do mesmo, mas não foi dessa vez que um álbum coneguiu me manter atento  durante faixas seguidas. O ponto mais alto e digamos… é, dá pra ir, é o refrão. Espero estar errado, mas isso me parece pedaço de alguma coisa que sobrou de um retalho que ninguém queria mais, aí resolveram botar por aqui. 

Living a Fantasy  vem pra redimir a banda, especialmente na entrada da bateria, que chega com os dois pés na porta! E eu estava desde o início procurando alguém com quem essa voz se parecesse…achei! Em certas partes da tessitura vocal do rapaz, ele se assemelha ao Bom Jovi! Outro ponto alto a se ressaltar, é a resolução harmônica inesperada no pré-refrão. Bem interessante mesmo!

O álbum volta a ter uma alta maior ainda com Heading for Eternity, que intercala os versos com riffs bem característicos e com peso auxiliado por um baixo gorduroso. Embora sem aquele refrão pegajoso que às vezes é o que salva uma música, a faixa não passa despercebida.

Nosso baterista aqui, embora não seja um virtuoso ( e nem precisa) acaba por sempre ser destaque nas intros, tanto em relação ao timbre, quanto por conta de suas linhas simples e objetivas, fazendo exatamente o que a canção pede. Em World on Fire não é diferente, a bateria dita quem manda de forma discreta porém eficiente. E os riffs estão literalmente pegando fogo.

Se aproximando do fim, temos Make a Little Time, que é o típico “rockão” pra se botar no talo e sair desembestado no meio do mundo sem direção. Pegajosamente bom de se ouvir e se cantar. Embora siga uma fórmula bem “reta” na maioria do tempo, logo no início há uma momento “quebrado” bem interessante da bateria.

Uma amostra de virtuosismo e feeling mixados em One for the Road, vem pra encerrar nossa audição, desta que foi uma agradável surpresa pra mim, não conhecia a banda e mais uma vez o cargo de redator deste site me presenteia com uma maravilha dessas. Espero que tenham apreciado a audição tanto quanto eu.

Faixa

  1. Valley of Tears 
  2. War Dance
  3. Eye of a Hurricane
  4. Hold On
  5. Livin a Fantasy
  6. Heading for Eternity 
  7. World on Fire
  8. Make a Little Time
  9. One for the Road

 

Membros

Mick Tucker- Guitarra

Cliff Evans- Guitarra

Barrend Courbois- Baixo

Bob Schottkowski- Bateria

ZP Theart- Vocal

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