Iniciar uma nova Roadie Metal Cronologia não é uma tarefa fácil. Ainda mais quando a banda sobre a qual você vai escrever não está no rol das suas bandas preferidas. E isso se torna ainda mais complicado quando o estilo praticado por essa banda é um daqueles que, definitivamente, não me agrada. Entendo e sei que os músicos que praticam essa sonoridade são excepcionais, criando composições requintadas e complexas, mas… Música não é só isso né?

No entanto, o grupo em questão é o Symphony X, uma banda que não faz uso da auto indulgência em suas composições, procurando tratar a música como ela deve ser, ou seja, como arte! E felizmente, o trabalho de estréia do grupo, intitulado simplesmente como “Symphony X”, lançado em 1994, é algo que busca essa colocação, que, embora as faixas tragam todas as características do prog metal, trazem consigo um peso mais evidenciado, calcado no talento do exímio guitarrista Michael Romeo. Completavam a banda à época de seu lançaeto, o vocalista Rod Tyler, o baixista Thomas Miller, o baterista Jason Rullo e o tecladista Michael Pinella.

Gravado entre agosto e setembro de 1994, “Symphony X” já trazia consigo as características que fariam do grupo um dos mais idolatrados pelos fãs do prog metal. O que acaba tirando um pouco do brilho dessa estréia é a performance do vocalista Rod Tyler, que embora dono de uma voz potente, possui timbre um pouco semelhante ao de James LaBrie (Dream Theater) em alguns momentos. Mas as faixas apresentadas aqui são muito bem estruturadas, mostrando a preocupação de Romeo com todos os detalhes, agregando detalhes de música clássica em muitas passagens, tornando isso um diferencial na música da banda, que ganharia ainda mais intensidade e classe com a entrada de Russel Allen, no ano seguinte. Mas isso é papo pro próximo álbum.

Com relação às faixas, podemos destacar “The Raging Season”, faixa que vem logo após a introdução “Int the Dementia”. Pesada, com um ótimo trabalho da dupla Thomas Miller e Jason Rullo (baxo e bateria respectivamente), a composição traz as características que se confirmariam como marcas registrada da banda: classe e bom gosto, aliadas a técnica e talento. Já “Premonition” é uma faixa totalmente prog, estruturada como tal, e possui uma linha de guitarra composta de forma que o teclado a complete de forma precisa. “Masquerade”, outro bom momento, traz de novo uma linha mais pesada e backing vocals muito bem inseridos dentro da faixa, assim como “Absunthe and Rue”, um pouco mais longa.

A bela “Shades of Grey” é uma balada dotada de sentimento em sua execução, que precede a rápida “Taunting the Notorius”, uma faixa mais curta, para os padrões do prog metal, mas com uma pegada mais heavy metal. “Rapture of Pain” traz um perfeito resumo do estilo em seus pouco mais de 5 minutos e é acompanhada pela dramaticidade e virtuosismo emprestados à “Thorns of Sorrow”. A longa e épica “A Lesson Before Dying” encerra o trabalho com seus 12 minutos de duração, onde navega por todas as linhas criadas pela banda, trazendo peso, técnica, passagens mais calmas e suaves, contratadas por momentos mais densos e até mesmo obscuros.

“Symphony X” não teve turnê de divulgação, vez que logo após seu lançamento o grupo etrou em estúdio para gravar seu sucessor, que já teria como vocalista o talentoso Russel Allen. Mas posso afirmar, sem nenhum receio que a estréia do grupo se deu num nível acima da média. E se eu, que não tenho tanta ligação, seja com a banda, seja com o estilo, estou dizendo isso, imagine para os fãs…

Formação:

Rod Tyler (vocal)

Michael Romeo (guitarra)

Thomas Miller (baixo)

Jason Rullo (bateria)

Michael Pinella (teclado)

Tracklist:

01 – Into the Demetia

02 – The Raging Season

03 – Premonition

04 – Masquerade

05 – Absinthe and Rue

06 – Shades of Grey

07 – Tauting the Notorius

08 – Rapture or Pain

09 – Thorns of Sorrow

10 – A Lesson Before Dying

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