Em seu oitavo álbum de estúdio, “Iconoclast”, de 2011, o Symphony X mostra mais uma vez o quanto pode impressionar com o peso e harmonia de seu metal progressivo. Apesar de ser suspeita em falar, pois sou fã confessa da banda, não há dúvidas em dizer que este é um sólido, agressivo, forte e vigoroso trabalho da banda.

Acompanho o Symphony X desde 2012, quando ainda não conhecia a banda e assisti ao show deles, no polêmico festival Metal Open Air, em São Luís, no Maranhão. Apesar das tragédias do evento, para mim houve um ganho, pois naquela noite saí fã da banda, que curiosamente fazia a turnê deste álbum que vos escrevo.

A agressividade que vem desde o seu antecessor, “Paradise Lost” (2007), aparece neste álbum e vai além disso. Em “Iconoclast”, a banda tem a façanha de manter a melodia das canções com maestria e vigor.

A temática é futurista e retrata sobre a interação humana com o mundo das máquinas e como a tecnologia vem dominando nossa sociedade, como a bela arte de capa nos informa e o tema nos dá uma musicalidade mais sombria e direta.

O álbum começa com o sinfônico e os matadores riffs de Michael Romeo na faixa título, além do poderoso vocal de Russel Allen, que faz o diferencial do Symphony X de demais bandas de prog ou power metal. Aliás, difícil encaixar a banda em apenas um rótulo, pois há muita riqueza musical em seu trabalho.

Seguindo pra a próxima canção, “The End of Innocence” , soa inovadora, mas sem perder o essencial da banda, especialmente em seu refrão. “Dehumanized” tem o lado mais metal progressivo, com um lindo e melodioso instrumental. E que solo maravilhoso de se ouvir!

O peso volta com tudo em “Bastards of Machine”. Bem agressiva, com letra e instrumental de peso e velocidade incrível. A intensidade no vocal de Russel, com técnicas inspiradas em Dio, dão um toque especial nessa canção, uma das minhas favoritas.

“Heretic” é de bater cabeça desde o seu início, com teclados que dão um clima sombrio à música. Pegadas de thrash e heavy metal dão a grandiosidade da canção.

Dizer que é pesada já soa repetivivo, mas “Children of A Faceless God”  tem um riff cativante e encorpado, com uma cozinha melodiosa. Uma canção diferenciada com intervenções eletrônicas durante sua execução. Um grande momento do álbum.

O disco é agressivo, mas tem espaço para uma bela balada, “When All is Lost” que já começa com pianos e vocais emocionantes e suaves. Ao longo de seus nove minutos, de puro prog, Romeo nos presenteia com belas frases na guitarra e violão. A canção te faz viajar e perto do fim, retorna com a velocidade. Intensa e com forte letra, poética, linha instrumental bem harmoniosa… simplesmente perfeita.

Há a versão dupla do disco e na segunda parte, conhecemos “Eletric Messiah”, que é bem sinfônica na guitarra e pesada no instrumental. “Prometheus (I Am Alive)” que inicia com teclados de clima tenso, e logo tem o peso com ritmo eletrônico, com uma grande parceria de teclados e guitarras, algo rico e bem explorado.

“Light Up The Night”, “The Lords Of Chaos” e “Reign In Madness” fecham o disco de maneira grandiosa, contando ao ouvinte sobre a novidades eletrônicas e máquinas controladas por alguns seres humanos no poder podem levar o planeta a uma situação insustentável.

Em resumo, “Iconoclast” é um grande marco na carreira do Symphony X, que conquistou milhares de novos fãs, assim como eu. Para mim é um dos mais grandiosos do metal progressivo. Com muita dedicação e qualidade as músicas mostram o quão maravilhosa é esta banda. Disco recomendadíssimo.

Membros
Russell Allen − Vocal
Michael Romeo − Guitarra
Michael Pinnella − Teclado
Michael LePond − Baixo
Jason Rullo − Bateria

Tracklist

“Iconoclast” 10:53
“The End of Innocence” 5:29
“Dehumanized” 6:49
“Bastards of the Machine” 4:58
“Herectic” 6:26
“Children of a Faceless God” 6:22
“When All Is Lost” 9:10
“Electric Messiah” 6:15
“Prometheus” 6:48
“Light Up the Night” 5:05
“The Lords of Chaos” 6:11
“Reign in Madness”

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