Roadie Metal Cronologia: Suicide Silence – No Time to Bleed (2009)

No Time To Bleed é o segundo trabalho de estúdio lançado pela banda de Deathcore norte americana chamada Suicide Silence. O álbum foi lançado dia 30 de junho e chegou ao número 32 da Billboard 200, tal foi seu sucesso no próprio país.

A formação da banda no álbum contou com Mitch Lucker nos vocais, Mark Heylmun e Chris Garza nas guitarras, Dan Kenny no baixo e Alex Lopez na bateria. O álbum contou com 11 faixas, a produção ficou por conta de Machine e a gravadora foi Century Media.

Este é o primeiro trabalho da banda a contar com Dan Kenny no baixo.

O videoclipe da faixa Wake Up foi o primeiro lançado do álbum e fez sua estreia mundial na Fearnet no dia 27 de julho de 2009. O trabalho foi dirigido por David Brodski.

No primeiro álbum, a banda focou em temáticas mais voltadas para a religião e a política, porém em No Time to Bleed (2009) a banda apresentou letras que trataram de problemas pessoais, trazendo aí uma mensagem diferente ao público.

O álbum é bem pesado, extremo e uma explosão sonora, o que é perfeito para os amantes do Metal. A banda consegue flertar entre o Deathcore e o Black Metal, fazendo um trabalho pesado e agressivo, sem deixar de fora elementos instrumentais bem trabalhados.

Um grande diferencial entre este álbum e o primeiro lançado pela banda é que no segundo a banda já não precisou gravar tudo de uma vez, ao vivo, deixando a sonoridade mais limpa e podendo ser melhor trabalhada. Com isso, a banda conseguiu resultados melhores para o álbum. Críticos da música apontam No Time to Bleed (2009) como o melhor trabalho lançado pela banda.

Vamos falar um pouco das faixas do álbum.

A primeira é Wake Up e já chega mostrando ao público a proposta da banda no trabalho: muita agressividade e intensidade. O solo final da música é interessante, as linhas de guitarra da música já não são tanto. Mesmo assim, a faixa tem seu valor e apresenta ao público uma mensagem diferente do que a banda apresentara no álbum anterior.

Em seguida temos a faixa Lifted, onde já vemos os resultados de uma produção musical mais limpa. A bateria e os vocais da música são destaques, mas o riff de guitarra presente nela merece um elogio. É a típica música que faz você querer “bater cabeça” ao ouvi-la.

Smoke já é uma faixa de “mais do mesmo” dentro do estilo: ela não chega a ser ruim, mas não te oferece nada além do óbvio e de algumas boas linhas de guitarra em algum momento, mas no geral é apenas mediana.

A faixa seguinte é Something Invisible, música esta que já merece um destaque maior e possivelmente é a melhor do álbum. Aqui sim finalmente temos um trabalho de guitarras bem criativo dentro da proposta e se destaca muito bem perto das demais faixas do álbum, o vocal mais uma vez merece destaque.

No Time to Bleed é a faixa que dá nome ao álbum. São poucas as vezes em que a faixa que dá nome ao trabalho todo surpreende negativamente o público, mas, desta vez, podemos dizer que aconteceu. O primeiro motivo é o fato de ser um nome forte, direto e que chama a atenção, mas ao oferecer apenas um trabalho razoável, infelizmente as expectativas não são correspondidas. Ainda mais depois da faixa anterior que realmente apresenta um bom trabalho.

A sexta faixa é Suffer. Aqui já vemos um trabalho honesto e, dentro da proposta, uma música bem feita e bem executada. Ela não apresenta nada surpreendente, mas é honesta em sua apresentação, deixando os amantes do estilo satisfeitos.

Continuando a análise, chegamos à faixa And The She Blend, mas infelizmente essa decepcionou bastante. Talvez o nome traga consigo muita expectativa, talvez o fato de flertar com o nome do álbum ajude, mas é aquela típica faixa que joga a análise de um trabalho lá embaixo.

Wasted já se assemelha à faixa Something Invisible, tendo aí uma postura e uma execução melhores do que a anterior. Esta já é uma faixa bem honesta e apresenta bem o que lhe é proposta. A sonoridade dos vocais aqui é bem executada, mas o som de ambientação ao fundo parece meio deslocado.

Your Creations segue o que o álbum deveria ser no todo: fugir do óbvio e da fórmula básica. Sim, a maior parte do álbum segue um modelo genérico onde tem uma introdução, a parte cantada e um solo final; mas esta faixa foge disso e atinge um resultado bem interessante, sendo uma das melhores do trabalho.

A próxima é Genocide. Aqui temos uma faixa que não foge muito do comum do álbum, mas que apresenta um solo de guitarra muito interessante.

Para encerrar o álbum, a banda escolheu Desengate e fez uma boa escolha. Seguindo o padrão das demais faixas do álbum, esta finaliza com certa dignidade o trabalho. As escolhas aqui já casam melhores com a proposta e, pelo menos, foge do “mais do mesmo”.

A sonoridade do álbum não é aquilo que podemos chamar de original, mas até que faz um trabalho dentro da proposta. A produção do álbum é bem interessante, principalmente se comparada à produção anterior que teve os instrumentos gravados juntos e ao vivo.

Vale destacar que a banda Suicide Silence é mais conhecida pelos seus bons shows do que propriamente por apresentar bons álbuns. Além disso, o trabalho apresenta o Deathcore de maneira direta e reta, sendo assim, se não gostar do estilo, não irá gostar do álbum, uma vez que não foge dessa máxima.

Suicide Silence – No Time To Bleed
Data de Lançamento: 30/06/2009
Gravadora: Century Media

Tracklist

01. Wake Up
02. Lifted
03. Smoke
04. Something Invisible
05. No Time to Bleed
06. Suffer
07. … And The She Blend
08. Wasted
09. Your Creations
10. Genocide
11. Disengage

Formação:

Mitch Lucker (vocais)
Mark Heylmum (Guitarra)
Chris Garza (Guitarra)
Dan Kenny (Baxio)
Alex Lopez (Bateria)

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