A banda mais famosa da Finlândia, o Stratovarius, no ano de 1992, apresentava ao mundo seu segundo registro de estúdio, “Twilight Time”. Um registro razoável para aqueles que se dizem fãs do grupo de Power/Simphonic Metal.
Utilizo esse rótulo, por perceber nitidamente, que em “Twilight Time, a banda ainda buscava seu espaço e não tinha uma definição já concisa sobre a sua proposta musical e, andamento harmônico que os credencia atualmente, como, uma das maiores bandas do estilo.
Flertando com o Heavy Metal, o registro possuí bons momentos, mas que não passam disso, apenas bons momentos. Claro que o início é fundamental na história de qualquer banda, mas nesse disco, algumas orquestrações e teclados, são demasiadamente chatos e cansativos.
A faixa de abertura, “Break the Ice”, é uma das melhores do álbum. Totalmente focada e sem muitas firulas, a estrutura dela é forte e dá uma certa ânsia de que o resto do álbum será uma audição agradável e irá apresentar uma banda coesa. Porém….
… vem a sequência desastrosa de “The Hands of Time” com seus arranjos pegajosos, péssima produção, refrãos fracos e o pior de tudo, que introdução ao estilo “show da xuxa” dos anos 80/90. Essa música é um porre de tão chata!
Para manter o clima insuportável, a música “Madness Strikes ar Midnight”, consegue cansar com sua introdução interminável e quando você pensa que as coisas vão melhores, elas pioram. A música mal produzida, apresenta um vocal distante e harmonias que parecem ser feitas por músicos cansados e de saco cheio que que fazem e olhe você que, eles estavam apenas no início da carreira.
A música “Metal Frenzy”, é um instrumental repetitivo que em seus 2min e poucos segundos, não mostra nada de novo, a não ser, a mesma base e “pirulipirulipirulipiruli” das guitarras. Um tédio!
A música que carrega o nome do álbum, “Twilight Time”, consegue melhorar um pouco as coisas. Uma elaboração mais sóbria e linhas mais duras, fazem da música uma boa aposta caso você queira montar uma coletânea com faixas individuais de cada álbum do Stratovarius.
Em “The Hills Have Eyes”, eis aqui, outra introdução longa, chata e repetitiva, porque não fizeram a música sem essa intro, ela seria tão melhor? Pois quando se encerra os quase 02min para de fato, começar a música, ela fica boa. Excelentes arranjos de guitarras, onde riffs destoam a base da música, criam uma estrutura do melhor de heavy/Power. Uma excelente música, porém, após a sua introdução!
Eis que o sono bate, “Out of the Shadow”, é morna com seu riff repetitivo do início ao fim. Perceba que é a mesma coisa em seus 04 minutos, nada muda, mesmo quando vem uma virada, você pensa, agora vai mudar, e não, não muda!
Para fechar o caixão e enterrar esse disco de uma vez por todas e saber que essa obra, eu manterei distancia por muitos e muitos anos, a melodioso, balada, enjoativa e horrorosa, “Lead U sinto the Light”, confirma que mesmo sendo uma banda nova, esse álbum é um ponto que eles não sabiam muito bem o que fazer.
Me desculpe os fãs de Stratovarius, a banda possuí excelentes registros ao longo de sua carreira, mas esse em especial, passa longe de ser um disco bom, pelo contrário, se você pegar um iniciante, colocar um dos clássicos da banda, e depois, vier a esse, garanto que será impossível essa pessoa reconhecer ser a mesma banda.
Tracks:
01 – Break the Ice
02 – The Hands of Time
03 – Madness Strikes at Midnight
04 – Metal Frenzy
05 – Twilight Time
06 – The Hills Have Eyes
07 – Out of the Shadows
08 – Lead Us Into The Light
Formação que gravou o disco:
Timo Tolkki – Vocal/Baixo/Guitarra
Antti Ikonen – Teclado
Tuomo Lassila – Bateria