Após um conturbado período, com o lançamento de um dividido álbum homônimo em 2005, o Stratovarius parecia aprofundar a crise, com o anúncio da saída de Timo Tolkki, membro fundador da banda. Inclusive, muitos fãs já cogitavam o fim das atividades da banda.
Mas o retorno triunfal veio em 2009, com o lançamento de Polaris. A chegada de Matias Kupiainen (guitarra) e Lauri Porra (baixo) contribuíram para um trabalho com uma fórmula diferenciada e rejuvenescida, mas sem fugir da tradicionalidade do Power Metal.
Polaris, 12º álbum de estúdio da banda, o primeiro sem Timo Tolkki nas guitarras e na composição das músicas apresenta uma criativa capa, com traços modernos feitos pelo artista Gyula Havancsá.
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E complementando a renovação, as músicas são de boa qualidade. Começando os trabalhos, “Deep Unknown” tem um clima positivo e divertido, com o forte refrão que já é típico entre os fãs do gênero.
Em seguida, a melancolia chega com “Falling Star”, mais lenta e com ótimos riffs de guitarra e batidas fortes. Mais um ponto positivo no novo trabalho do Stratovarius.
Seguindo a linha melancólica, “King of Nothing” apresenta destaque aos teclados, grande marca da banda. Aliás a canção foi composta por Jens Johansson e tem um peso mais ofensivo, iniciando um tom progressivo na musicalidade. E os vocais de Timo Kotipelto, são outro elemento que chama a atenção.
Iniciando com o teclado barroco, “Blind” tem a velocidade do power famoso do Stratovarius. Para os fãs da antiga, um som bem familiar. Além disso, o solo de Kupiainen brilha na faixa.
“Winter Skies” retorna o clima melancólico e pesado do álbum. Talvez um ponto não tão positivo ao álbum, pois foi inesperadamente um ritmo lento.
Porém, uma energética guitarra anuncia “Forever is Today” e a velocidade do power metal. Este é ponto mais alto de “Polaris”, com a melodia da voz de Kotipelto, solos marcantes e refrões fortes. O ritmo continua com “Higher We Go” e ambas as faixas soam como um retorno aos anos 90.
O álbum segue o ritmo mais lento, com destaque para a ótima “Emancipation Suite”, genialmente dividida em duas partes, e na magnífica balada “When Mountains Fall”, um formato acústico com introdução de violinos.
Respeitando os elementos clássicos, mas dando boas vindas a uma nova era, “Polaris” marca uma renovação ao grupo. Ainda que em determinados momentos soe confuso e possa não agradar aos fãs mais antigos, é um ótimo trabalho da banda, com uma banda nova confiante em continuar essa história.
Formação
Timo Kotipelto – Vocal
Jens Johansson – Teclado, Piano
Jörg Michael – Bateria
Lauri Porra – Baixista
Matias Kupiainen – Guitarra
Faixas
1. Deep Unknown
2. Falling Star
3. King of Nothing
4. Blind
5. Winter Skies
6. Forever Is Today
7. Higher We Go
8. Somehow Precious
9. Emancipation Suite Part I: Dusk
10. Emancipation Suite Part II: Dawn
11. When Mountains Fall