O Power Metal europeu sofreu algumas variações e atualmente tem se tornado mais rápido e sempre se parece com uma exagerada versão de histórias contadas com vigor instrumental, o que nos faz sempre imaginar trilhas de filmes.

O Nemesis de 2013, a banda explorou um estilo mais comercial e quase pop. Com o vocalista de longa data Timo Kotipelto apresentando uma de suas melhores performances no álbum Cain’s Offering , foi possivel retomar um lirismo próprio deste estilo em relação ao Eternal de 2015.

A qualidade atribuída ao Eternal, é possivel verificar que o álbum é mais pesado e mais forte, retornando ao som mais antigo e dando ao ouvinte um hit mais rápido a cada faixa deste material.

As letras estão mais próximas do modelo clássico da banda. E tenho visto este retorno ao tradicional desde a última apresentação que fui deles aqui em Portugal, em agosto deste ano.

O álbum começa com “My Eternal Dream” e muita velocidade sinfônica e lirismo próprio dos Power Metal atuais. Felizmente, ele rapidamente reduz a velocidade clássica da potência do estilo europeu e apresenta bons acordes de guitarra e teclados que qualquer fã poderia esperar. É mesmo uma música muito animada, cheia de força clássica do Stratovarius e dá o recado de que os caras estão atentos ao que realmente os torna ainda uma banda de interesse para muitos fãs.

O primeiro single, “Shine in the Dark” também soa muito bem e com tamanho certo para ouvir uma música sem cansar, nos levando a aceitar cada vez mais as linhas vocais épicas. As letras parecem quase adolescentes, com paixão mas a música tem potência e maturidade se tornando o suficientemente respeitável.

Assim o resto do disco nos leva para a admiração em completo com boa cadência entre uma canção e outra. “Lost Without a Trace” tem uma vibe bem emocional e proporciona um grande momento com vozes em coral. Outros destaques incluem “Man in the Mirror”, com seu refrão memorável, duelos clássicos de teclado / guitarra e atitude enérgica; “Few Are Those”, apresenta trilha sonora tipica de séries, enquanto é agradável ouvir a simplicidade e a velocidade de “Rise Above It”.

As coisas findam com quase 12 minutos de “Lost Saga” e, embora eu pessoalmente não tenho tanta paciência para longas faixas, essa é realmente muito boa. Durante seu longo tempo de duração, ele mistura riffs pesados ​​com sintetizadores dos anos 80, que parecem sair da trilha sonora de um filme do Silvestre Stalone. À medida que a música vagueia por várias montanhas e vales, às vezes soa como uma versão mais pesada de Kiske / Somerville,

Resumindo, o disco é mesmo muito interessante e eles tiveram uma boa percepção do que seria feito na música deste estilo nos próximos 4 anos seguintes. Acredito que os fãs gostaram da balada “Fire in Your Eyes”, pois tem movimento e é bem feita.

Este é um álbum muito mais “metal” que o Nemesis. Kotipelto parece muito disposto e empolgado. Ele é acompanhado pelas teclas frenéticas de Jens Johansson e pelos heroicos solos de Matias Kupiainen, o que resulta uma nova visao de uma banda que teve seus altos e baixos e tem um rico material que resgata suas características originais.

Há muita música interessante aqui, todas memoráveis ​​e diretas, que soam com fluidez. Este é o melhor e mais completo álbum do Stratovarius desde o Infinite e é bom vê-los recuperar a personalidade que os torna grandes junto à Gamma Rey e Primal Fear. Eles talvez não recuperem a fama de álbuns clássicos como o Destiny, nem a magia de Infinity; mas eles continuam sendo referência no Power Metal Europeu.

ETERNAL – STRATOVARIUS

“My Eternal Dream”
“Shine in the Dark”
“Rise Above It” Kupiainen
“Lost Without a Trace”
“Feeding the Fire”
“In My Line of Work”
“Man in the Mirror”
“Few Are Those”
“Fire in Your Eyes”
“The Lost Saga”

BANDA

Timo Kotipelto – vocal

Matias Kupiainen – Guitarra

Jens Johansson – Teclados

Lauri Porra – Baixo

Rolf Pilve – Bateria

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