Em 2007 o Sodom, capitaneado pelo vocalista e baixista Tom Angelripper, fez um certo “agrado” aos fãs ao regravar o EP “In the Sign of Evil” com a formação que lançou o trabalho em 1984, que tinha também o guitarrista Grave Violator e o baterista Chris Witchhunter.
As faixas “Outbreak of Evil”, “Sepulchral Voice”, “Blasphemer”, “Witching Metal” e “Burst Command ‘til War”, presentes no EP lançado nos anos 80, ganharam a companhia de sete composições inéditas, formando um disco completo e com um detalhe curioso: a gravação suja e ruim das músicas novas fez parecer que “The Final Sign of Evil” havia realmente sido liberado nos anos 80, quando na verdade ganhou o mundo 23 anos depois do EP original.
A faixa de abertura, a então inédita “The Sin of Sodom”, mostra um Sodom rápido e direto, com um Thrash Metal potente até dizer chega, alternando com alguns poucos momentos cadenciados. A acelerada “Blasphemer” é a primeira das regravações a figurar no disco e vai na mesma linha da anterior, tendo como destaque a bateria destruidora.
Apesar de ser uma música nova, “Bloody Corpse” é a que mais dá a impressão de ter sido gravada na época do EP “In the Sign of Evil”, tamanha a precariedade – proposital, é bom que se diga – da gravação, algo presente em todo o disco, como já dito em parágrafos anteriores. A música é recheada de excelentes riffs de guitarra e conta com um baixo que martela o tempo todo na mente.
A quarta faixa, “Witching Metal”, também regravada, tem uma pegada mais Punk/Hardcore, mas sem abandonar o Thrash Metal característico. A música é forte e intensa, com um refrão marcante. Já “Sons of Hell” é mais cadenciada que as demais, chegando a ter alguns momentos maçantes, mas acelera mais perto do final.
“Burst Command ‘til War”, “Where Angels Die” e “Sepulchral Voice” mantêm o vigor mostrado pelo Sodom durante todo o disco com grandes momentos de guitarra e, principalmente, do baterista Chris Witchhunter, que espanca os bumbos e pratos sem piedade.
A influência Punk/Hardcore volta a dar as caras em “Hatred of the Gods” e “Ashes to Ashes”, com o devido destaque em ambas para Tom Angelripper, nem tanto pelo vocal, mas pelo poder que o baixo dele dá em várias passagens, tornando-as muito mais encorpadas.
A penúltima faixa, “Outbreak of Evil”, parece uma versão Thrash Metal do Motörhead, com destaque novamente para o baixo, que notoriamente teve o volume aumentado na gravação. O álbum encerra com “Defloration”, que começa rápida e agressiva, mas se torna mais cadenciada com o decorrer, fechando o disco com uma boa impressão geral. Certamente “The Final Sign of Evil” deve ter agradado aos fãs do Sodom, pois conta com agressividade e velocidade, dois dos principais elementos para um bom álbum de Thrash Metal.
Formação:
Tom Angelripper (vocal e baixo).
Convidados:
Grave Violator (guitarra);
Chris Witchhunter (R.I.P. 2008)(bateria);
Thorsten Hain (guitarra em “Witching Metal”);
Frank Hübner (guitarra em “Sons of Hell”).
Faixas:
01 – The Sin of Sodom
02 – Blasphemer
03 – Bloody Corpse
04 – Witching Metal
05 – Sons of Hell
06 – Burst Command ‘til War
07 – Where Angels Die
08 – Sepulchral Voice
09 – Hatred of the Gods
10 – Ashes to Ashes
11 – Outbreak of Evil
12 – Defloration
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8/10