O Thrash alemão sempre foi muito bem representado por bandas como Kreator, Tankard e também o Sodom, para mim uma das melhores bandas do gênero em nível mundial. Há mais de trinta anos, Tom Angelripper vem trabalhando forte e entregando sempre materiais de qualidade para os fãs de boa música.
Em 2013 a banda lança o álbum “Epitome Of Torture”, e hoje falaremos um pouco sobre esse ótimo Play.
Um belo dedilhado de guitarras abre “My Final Bullet”, que logo ganha muito peso e acelera, é uma das melhores faixas do álbum, Além do tradicional Thrash, consigo sentir alguma influência de Death Metal, não só aqui mas no álbum todo.
Um riff matador inicia “S.O.D.O.M.”, que com certeza agradará qualquer fã de Thrash Metal, além de se tornar um grande hino da banda; conta com um solo espetacular e uma performance digna de aplausos do baterista Makka, que faz sua estreia em álbuns de estúdio da banda. Nos shows, prepare-se para o Mosh Pit!
Em seu início “Epitome Of Torture” segue a linha da faixa anterior, mas com uma leve cadência. Me lembra um pouco Kreator, pois é bem executada, como o Thrash alemão sempre foi.
Aqui temos um dos pontos altos do álbum, “Stigmatized”, que inclusive foi o primeiro single do álbum, é espetacular com seus riffs super rápidos e os vocais de Angelripper rasgando os ouvidos. Essa sem dúvidas é uma das minhas favoritas da discografia da banda. Uma pena ela ser a mais curta do Play.
Talvez a mais cadenciada do trabalho seja “Cannibal”. Podemos dizer que ela tem o andamento “lento”. Destaque para a técnica dos pedais duplos e as ótimas viradas de Makka.
A velocidade volta em “Shoot Today – Kill Tomorrow”, que conta com um refrão marcante e um ótimo, porém curto, solo de guitarra.
O baixo da as caras, agora com mais destaque, na abertura de “Invocating The Demons”, outra faixa rápida, mas agora com um tom melódico em seus riffs. Os vocais se destacam e também o solo bem melódico de Bernemann.
“Katjuschka”, canção inspirada em uma outra canção russa de mesmo nome, conta principalmente com um refrão pegajoso. Em sua estrutura me lembra bastante Testament. Ótima faixa.
Vejo muitos fãs dizerem que “Into The Skies Of War” é a pior faixa do álbum, mas eu discordo, ela é um pouco melódica e seus riffs me lembram Judas Priest em certas partes. É outra de minhas favoritas do álbum.
Para fechar temos “Tracing The Victim”, faixa que vai crescendo gradualmente, com um refrão muito pegajoso, que finaliza com linhas de guitarras mais melódicas.
“Epitome Of Torture” sem dúvidas foi uma grande surpresa para os fãs de Sodom. A banda se mostrou em ótima forma. Makaa se mostrou bem entrosado com a dupla Angelripper e Bernemann. Há quem diga que não se fazem mais álbuns de Thrash como antigamente, mas o Sodom sempre nos entrega materiais de qualidade. Para esses ouvintes que buscam um Thrash algo mais tradicional, fora do Big Four, recomendo demais esse álbum. Autêntico é a palavra certa para definir esse ótimo Play.
Formação:
Tom Angelripper (vocal e baixo);
Bernemann (guitarra);
Makka (bateria).
Faixas:
01 – My Final Bullet
02 – S.O.D.O.M.
03 – Epitome Of Torture
04 – Stigmatized
05 – Cannibal
06 – Shoot Today – Kill Tomorrow
07 – Invocating The Demons
08 – Katjuscha
09 – Into The Skies Of War
10 – Tracing The Victim
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8/10