ROADIE METAL CRONOLOGIA –
Resenha: Slipknot
Álbum: “5: The Gray Chapter”
Ano: 2014
Em outubro de 2014 os mascarados e misteriosos Slipknot, gravaram o disco mais importante de sua carreira que o lançaram definitivamente no destaque da musica internacional. Através de um forte contexto emocional fortíssimo, aquela era uma banda que trazia algo de novo pra geração rock metal.
Emoções como raiva e tristeza podem levar as pessoas à revolta ou à submissão, mas os elementos motivadores do Slipknot foram sem duvidas seguir em frente . A trágica morte do baixista e membro fundador Paul Gray e a saída do baterista Joey Jordison, sugeriam que esses rompimentos gerassem o fim da banda. Mas eles foram persistentes
“5: The Gray Chapter” é o primeiro álbum de estúdio desde 2008, o álbum encontra a banda ainda se recuperando dessas perdas, e por vezes equilibrar emoções durante a gravação o contexto de um álbum de metal, sem soar forçado, não é tarefa fácil, mas o Slipknot o fez.
Impressionante é que mesmo depois de toda situação, ao invés da banda permitir que sua dor e raiva os destruíssem, foram capazes de aproveitar essa energia positivamente, permitindo-lhes criar, segundo a crítica, um de seus melhores e mais dinamicos álbuns até hoje.
Combinando um trabalho pesado de metal como dos primeiros trabalhos da banda, com um foco mais melódico, mais parecido com seus últimos anos, “5: The Gray Chapter” mostra o quão inesperadamente grande é o alcance da banda.
A banda consegue ir de uma balada melancólica e atmosférica como “XIX”, onde Taylor canta uma canção atmosférica sobre desespero e tristeza, mas também sobre esperança, à uma porrada thrash como “Sarcastrophe”, onde o Slipknot mostra sua cara sem perder o ritmo.
Todos os elementos bem conhecidos que a banda sempre apresentou são abundantes e se aplicam nas canções “AOV” e ”The Devil In I”, onde as melodias se entrelaçam chegando ao melhor do “caos”, nos levando também a um retorno das raizes heavy metal da banda.
A faixa “Killpop” é um pouco mais fácil, fresca e fria, Taylor consegue uma performance de canto onde a forte mudança entre o melódico e os gritos agressivos merecem destaque, é um excelente exemplo de que o Slipknot, que cada vez mais se refere a vocais limpos e mais músicas estruturadas, o material soa mais leve por causa da produção limpa, que na verdade não se encaixa muito bem a uma banda como o Slipknot, mas não deixa de ser uma experiencia diferente.
“Skeptic” parece sair dos alto-falantes com socos e ponta pés. “Eu não vou deixar você desaparecer”, eu não vou deixar sua alma morrer “, são trechos da música que só podem ser referenciadas ao falecido Paul Gray. “O mundo nunca vai ver outro filho da puta louco como você, o o mundo nunca conhecerá outro homem tão incrível quanto você”, deixa claro o peso da perda para a banda, mesmo que isso seja passado de uma forma fantasticamente brutal.
Progressões de acordes escuros com grandes quebras de solo continuam a se acumular em “Nomadic”.
Um cativante para “The One That Kill The Least” é o tom novamente para Corey poder exibir sua performance simplesmente excepcional neste álbum.
“Custer” vale a pena mencionar por causa de seu power chorus, que é garantia de uma ótima performance, ela entra direto no thrash e speed metal com seu ritmo rápido e vocais agressivos.
O Slipknot retorna após seis anos com um álbum dedicado ao luto, processamento, raiva e progresso.
“Isso não nos separou, então nada será.” O Slipknot superou a tragédia e soa musicalmente significativo como um coletivo mais próximo, resultando em um álbum de retorno muito forte.
No geral, “5: The Gray Chapter” é um álbum bom que tem muitas faces, emoções e camadas, riffs complexos e esmagadores que, quando combinados, formam uma coleção inconfundível de música bem construída.