Terceiro trabalho com Derrick como frontman do Sepultura. Claro, não poderíamos esperar um “Arise”, um “Chaos A.D” pois a banda já encontrava em outra sintonia devido o ocorrido quando Max Cavalera resolveu deixar o Sepultura no passado.
“Roorback” trata-se de um disco não bom, mas interessante. A partir dele o Sepultura começou a buscar uma nova roupagem para seu som, procurando assim criar uma identidade para que os tempos de Max realmente ficassem no aclamado “Roots”. Este disco já mostra uma sonoridade diferente do anterior “Nation” que por sinal, junto com o “Against” são bem interessantes na fase Derrick.
Aqui se nota um disco mais coeso, Andreas mostra uma diferenciação em suas seis cordas, com riffs mais trabalhados e não tão agressivos como antigamente, mas sempre mostrando seu talento com sua guitarra. Paulo Xisto sempre foi um instrumentista bem limitado, com pouco feeling e pouca criatividade no baixo, mas Igor conseguia segurar mais no fator cozinha, sempre inovando e buscando destilar técnica e peso. O vocal de Derrick sempre variado, alguns trechos consegue impor técnicas e em outros chega a se perder, se mostra sempre limitado, mas isso não tira o mérito que todos têm como músicos.
O disco em si mostra realmente que o Sepultura pretendia trilhar outros caminhos e deixar o passado negro para trás, atitude honrosa e louvável. Começando com uma intro soturna, “Come Back Alive” abre o disco com um peso e velocidades que já conhecemos da banda, Andreas consegue criar bons riffs e segurar bem o peso durante toda a canção. “Godless” remete a banda a um New Metal um pouco clichê, diferente de “Apes of God” que hoje é um clássico da banda e uma excelente música, aqui o vocal do Derrick se encaixa bem, é entendível e agradável, porradaria!
“More of the Same” é tão quanto simples e sem muitos atrativos impactantes, “Urge” e “Corrupted” mostram uma “dobradinha” direta ao ponto, chega a lembrar em algumas passagens, os primórdios áureos da banda. “As It Is” conta-se com a participação de João Barone (Paralamas do Sucesso), fato que se deve respeitar a banda em incluir sempre músicos que não são ligados diretamente ao metal, inovações que sempre se encaixam bem. “Mind War” também já é outro clássico já idolatrado pelos fãs e mostra um trabalho em destaque até interessante de Paulo Xisto, com um Groove bem técnico.
O restante do disco segue a mesma linha, sem muitas variações, com um destaque para um cover do U2 “Bullet The Blue Sky” que sim, chama a atenção pelo peso imposto, deixando a música com um clima soturno, trabalho muito bem executado. Pois bem, o Sepultura com o “Roorback” começava a trilhar um caminho que hoje agradam a uns e desagradam a outros.
Formação:
Derrick Green (vocal);
Andreas Kisser (guitarra);
Paulo Xisto (baixo);
Igor Cavalera (bateria).
Faixas:
01 – Come Back Alive
02 – Godless
03 – Apes Of God
04 – More Of The Same
05 – Urge
06 – Corrupted
07 – As It Is
08 – Mind War
09 – Leech
10 – The Rift
11 – Bottomed Out
12 – Activist
13 – Outro