Vindo do sucesso dos álbuns anteriores, a banda passa quatro anos sem lançar nada inédito, deixando os fãs ansiosos pelo que viria. Bom, nas próximas faixas que dissecaremos a seguir, veremos que a espera valeu a pena.
Don´t Stop at the Top tem tudo o que se pode esperar de uma ótima música. A intro de guitarra, lindamente dobrada em oitavas, junto a um abaixo marcante que só é sobreposto pela voz ímpar de Klaus Meine, além de uma letra emblemática.
Agora é hora de chamar a cumade e dar um xero no cangote dela, dançando agarrado ao som dessa balada linda chamada Rhythm of Love, ao melhor estilo que só o Scorpions sabe fazer! É forte, é pulsante, é lindo… É SCORPIONS! Incrível como os caras usam harmonias tão simples, repetitivas e mesmo assim eficientes!
Mais uma vez, pegue uma progressão de acordes mais previsível que as músicas do Luan Santana, entregue-a nas mãos de gênios do Hard Rock, espere alguns minutos e… pronto! Temos a faixa Passion Rules the Game. E meus amigos, que solo!!! É assim que se soa virtuoso sem ser chato! Uma lição aos guitarristas.
Media Overkill é a mais fraquinha do álbum, tem poucas coisas que chamam atenção. Além do belo trabalho dos vocais, temos um solo de guitarra bem “enche- lingüiça” que sinceramente, não anima muito. Até mesmo os riffs, que comumente são memoráveis, dessa vez soaram sem sal.
Agora te senta aí que é hora de pegar o março de Derby e a garrafa de Pitu, aumentar o volume e ficar pensando na morte da bezerra. Sim, Walking ont He Edge (assim como 100% das baladas dessa banda) tem esse poder sobre os humanos! E mais uma vez, ô solo lindo dos diabos! Simplesmente feche os olhos e sinta!
O mais legal nos álbuns desses caras, é que eles não se prendem a apenas um estilo de composição,sai de tudo. We Let It Rock, You Let It Roll é uma daquelas coisas que não tem como ficar parado ouvindo apenas batendo o pé no chão, você precisa subir no sofá e pegar a guitarra/vassoura e tocar junto freneticamente.
Agora capricharam foi no timbre da caixa dessa bateria! Every Minute Every Day também traz um lindo trabalho nos vocais, como é de se esperar, os caras são impecáveis nesse quesito, assim como em muitos outros. O destaque fica por conta da melodia vocal dos versos, e mais uma vez, harmonia simplíssima no acompanhamento de cordas.
Como dizemos aqui no Ceará, “os hômi meteru foi a pêia”! Essa Love on the Run dá vontade de sair correndo doido desembestado no meio do mundo sem hora pra voltar. Estamos pertinho do fim da audição dessa bela obra, e até aqui, a banda já nos ofereceu de tudo um pouco.
Encerramos aqui nossa prazerosa experiência nesse álbum, com o nosso maço de Derby, nossa garrafa de Pitu já pela metade, o cadáver da bezerra, e uma das coisas mais lindas que esses caras já fizeram! Believe in Love! Se algum dia você se perguntar sobre o porquê do Scorpions ser uma das maiores bandas de todos os tempos, saiba que essa será a pergunta mais besta que você fez na vida! Fiquem na paz!
Faixas:
1. Don’t Stop At The Top”
2. Rhythm of Love
3. Passion Rules The Game
4. Media Overkill
5. Walking On The Edge
6. We Let It Rock…You Let It Roll
7. Every Minute Every Day
8. Love On The Run
9. Believe In Love
Line Up
Klaus Meine- vocal
Rudolf Schenker- guitarra
Matthias jabs- guitarra
Francis buchholz- baixo
Herman Rarebell -bateria