A banda Saxon, conhecida mundialmente por ter feito parte da New Wave of British Heavy Metal e por ter gravado seu nome no gênero com grandes lançamentos como “Wheels of Steel” (1980), “Denim and Leather” (1981), “Power and The Glory” (1983) e “Crusader”(1984), lançou em 2009 seu 18° registro de estúdio, “Into The Labyrinth”.
A banda sempre trouxe uma personalidade muito forte em suas composições e mesmo passando por algumas mudanças de formação e tendo alguns álbuns mais próximos ao Hard Rock – exemplos nítidos em “Forever Free” (1992) e “Dogs of War” (1995) -, a banda nunca decepcionou seus fãs. Talvez seja uma das poucas bandas que mantiveram sua originalidade e frequência em seus lançamentos.
“Battalions of Steel” abre o álbum com uma composição melodiosa, apresentando em sua intro uma sonoplastia medieval, que deste modo ambienta e tece qual a temática do som, que simplesmente desencadeia em um riff marcante, com aquela boa e velha escola Saxon de fazer Heavy Metal, encerrando-se com um emotivo e transcendente solo de guitarra.
Continuando a audição, temos “Live To Rock”, que é mais lenta e mais amena que sua antecessora. Tendo sido esta selecionada como o videoclipe de divulgação do álbum, caracteriza-se mais por sua parte lírica que, como o próprio nome já remete, “vive para o Rock”, sendo muito bem abordado o tema no clipe.
https://www.youtube.com/watch?v=_Oi-rYH1L2k
Seguindo temos “Demon Sweeny Todd”, que pra quem é fã de cinema sabe que se refere ao filme de 2007, estrelado por Johnny Depp. A composição traz aquela mescla entre Heavy Metal e Hard Rock com uma sonoridade que lembra em momentos “Solid Ball of Rock” (1990). O destaque fica por conta das excelentes performances vocais de Biff Byford, que é um exímio vocalista.
Adiante temos “The Letter/Valley of Kings”, que é uma composição que traz um lado mais melodioso e que, apesar de ter um belo solo de guitarra, não agrega muito ao álbum, sendo uma daquelas faixas que não têm um destaque perante as outras, não sendo desprezível mas ficando aquém das anteriores.
Destacam-se ainda “Slow Lane Blues” e “Hellcat”, esta última sendo a faixa mais pesada do álbum, com um riff mais cadenciado e andamento lento, com uma excelente união entre os músicos. Esta mostra o lado mais agressivo e sujo do disco, sonoridade mais densa e com um peso fenomenal, tendo um grande destaque para a dupla de guitarristas Paul Quinn e Doug Scarratt, que, unindo-se às impecáveis levadas do baterista Nigel Glockler, transformam a audição em única.
“Into The Labyrinth” não é de todo um álbum ruim, porém não pode ser comparado aos grandes clássicos do passado, uma vez que mais de 30 anos já se passaram e os músicos, as músicas e as experiências sempre se reciclam. Mas temos aqui um registro que manteve uma das grandes escolas de Heavy Metal na ativa, mostrando que ainda possuem criatividade e um pouco de lenha pra queimar.
Formação:
Biff Byford (vocal);
Paul Quinn (guitarra);
Doug Scarratt (guitarra);
Nibbs Carter (baixo);
Nigel Glockler (bateria).
Faixas:
01 – Battalions of Steel
02 – Live To Rock
03 – Demon Sweeney Todd
04 – The Letter
05 – Valley of The Kings
06 – Slow Lane Blues
07 – Crime of Passion
08 – Premonition In D Minor
09 – Voice
10 – Protect Yourselves
11 – Hellcat
12 – Come Rock of Ages (The Circle Is Complete)
13 – Coming Home (Bottleneck Version)
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7/10