Roadie Metal Cronologia: Saxon – Call To Arms (2011)

Na ativa desde 1978, com dezenas de álbuns lançados e um dos principais protagonistas da NWOBHM, o Saxon é dessas bandas que dispensa apresentações. Mas é óbvio que em mais de três décadas de estrada, sua carreira teve altos e baixos, algo inevitável em um período de tempo tão grande.

“Call To Arms”, 19º álbum de estúdio dos britânicos, foi lançado em 3 de junho de 2011 e confesso nunca ter entendido a empolgação de fãs e parte da crítica com o mesmo. Claro, não é um trabalho tão medonho como “Destiny”, mas está um patamar abaixo até mesmo dos álbuns que o precederam: os medianos “Lionheart” (2004), “The Inner Sanctum” (2007) e “Into The Labyrinth” (2009). Claro, temos aqui muito daquele Heavy Metal clássico que marcou a carreira da banda, mas falta algo.

A grosso modo, temos quatro canções que se destacam: a forte “Hammer of The Gods”, com seu riff contundente, “Surviving Against The Odds”, a enérgica “Afterburner” e a variada “Ballad of The Working Man”, onde podemos encontrar algo de Thin Lizzy… e aí se encontra o maior problema de “Call To Arms”. Apesar de se destacarem, nenhuma delas é realmente marcante a ponto de você realmente se recordar das mesmas após a audição do trabalho. As demais faixas acabam soando ainda mais esquecíveis, e algumas como “Mists of Avalon” (onde tentaram soar épicos, mas não conseguiram) e “Chasing The Bullet”, chegam a ser dispensáveis.

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O trabalho é bem variado. Ouso dizer que até mais direto que seus predecessores. Individualmente, como de praxe, todos brilham. A produção é muito boa (a cargo de Toby Jepson e Biff Byford, com mixagem de Mike Plotnikoff e masterização de Ted Jensen) e a capa, baseada em um poster de recrutamento da Primeira Guerra Mundial ficou muito legal. Ou seja, tinha tudo para ser um grande álbum, mas me arriscando a soar chato e repetitivo, essa falta do algo a mais acabou colocando tudo a perder.

Ao final de tudo, talvez o maior mérito de “Call To Arms” foi ter preparado o terreno para os trabalhos vindouros: os ótimos “Sacrifice” (2013) e “Battering Ram” (2015).

Formação:
Biff Byford (vocal);
Paul Quinn (guitarra);
Doug Scarratt (guitarra);
Nibbs Carter (baixo);
Nigel Glockler (bateria).

Faixas:
01 – Hammer of The Gods
02 – Back In 79
03 – Surviving Against The Odds
04 – Mists of Avalon
05 – Call To Arms
06 – Chasing The Bullet
07 – Afterburner
08 – When Doomsday Comes (Hybrid Theory)
09 – No Rest For The Wicked
10 – Ballad of The Working Man
11 – Call To Arms (Orchestral Version)

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