Confesso que não sou profundo conhecedor da discografia do Rush, mas sei de sua importância para a história do Rock, e posso afirmar que esse álbum tomou minha atenção para o restante do trabalho da banda.
“Hemispheres”, o sexto álbum de estúdio do Rush é um álbum curto, com pouco mais de trinta minutos e possui apenas quatro faixas com muita ficção científica e fantasia. O último álbum da banda gravado na década de 70 mostra a boa fase criativa do Rush possuindo bastante complexidade harmônica e melódica em suas composições.
A faixa inicial “Cignus X-1 Book Two: Hemispheres” é uma epopeia de variações rítmicas e melódicas que nos conduz por uma viagem sonora de várias atmosferas. Em seus quase vinte minutos de duração, a banda nos mostra que o virtuosismos daquela época envolvia muito mais feeling à sua técnica. Mesmo em seis partes, a música soa bastante coesa e agradável aos ouvidos.
“Circumstances” é um Hard Rock mais comercial, uma faixa mais direta e não tão melodiosa, valorizando bastante o peso.
“The Trees” une essa pegada mais direta com os elementos experimentais e Rock Progressivo, possui uma letra fantasiosa e ressalta mais uma vez que quando o feeling se sobressai á técnica, o resultado e muito mais agradável.
O tema musical “La Villa Strangiato” se divide em doze partes que envolvem violões flamencos, sintetizadores, distorções, as excelentes levadas de baixo e várias marcações de bateria (destaque para o inspiradíssimo solo de guitarra).
Esse álbum é citado por alguns como sendo o último registro fortemente progressivo da banda devido aos direcionamentos um pouco mais comercias que o Rush tomaria dali pra frente.
Formação:
Geddy Lee (vocal, baixo, sintetizadores);
Alex Lifeson (guitarra, efeitos);
Neil Peart (bateria).
Faixas:
01 – Cygnus X-1 Book II: Hemispheres
02 – Circumstances
03 – The Trees
04 – La Villa Strangiato (An Exercise In Self-Indulgence)
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9/10