Roadie Metal Cronologia: Rush – A Farewell To Kings (1977)

O Roadie Metal Cronologia sempre é uma surpresa para mim. Desta vez minha missão é resenhar “Farewell To Kings”, do Rush. Nunca fui muito fã da banda e nem sou o maior especialista para falar deles. Mas curti o desafio de conhecer ao menos um álbum da banda e ouvi-lo inteiro.

Dei sorte. “Farewell” é considerado pelos fãs um dos três grandes álbuns do Rush. E realmente é um bom álbum. As músicas são interessantes e complexas. Há também a utilização de sintetizadores e de vários novos elementos musicais.

As letras do álbum foram influenciadas por poesias clássicas, ficção científica e literatura fantástica. A capa do álbum carrega o conceito do álbum e tecnicamente (graficamente) está dentro dos padrões para a época.

“Farewell” abre com sua faixa-título no estilo “à lá” Stairway To Heaven. A voz de Geddy me lembrou de cara Janis Joplin, mas foram apenas os primeiros segundos,  depois ele impôs sua forma de cantar e a música tomou corpo. Destaque para o excelente solo de baixo arranjado com toques muito técnicos da bateria de Neil.

Na sequência aparece “Xanadu”, faixa que a banda explora toda a sonoridade dos novos elementos como sinos de orquestra, sinos tubulares, blocks, cow-bells, carrilhão, sinos, triângulo, cabasa. “Closer To The heart” dá continuidade à obra. É a música que mais curti do álbum. Ainda não me adaptei ao estilo vocal, mas é uma faixa que traz bastante as influências do Yes e do King Crimson.

Um dos pontos negativos do Rush, assim como de algumas bandas progressivas, é extenso tempo de duração das canções, mas ao mesmo tempo em que a banda apresenta nessa imensidão musical variações criativas, isso se torna menos cansativo. “Cinderela Man” não se encaixa tanto neste perfil e mantém a álbum dentro do estilo. É uma boa faixa.

Para finalizar a instrumental “Madrigal” dá abertura para “Cygnus X-1 Book I: The Voyage”. Repleta de elementos futurísticos, é uma música super bem trabalhada. Dividida em quatro partes, mostra tudo que o fã de Rock Progressivo gosta de ouvir. O instrumental é bastante técnico, com viradas criativas, tempos quebrados. Neste ponto, como fã de Dream Theater, fui bastante cativado. É o Rush, são dinossauros do Rock e merecem muito meu respeito, mesmo não sendo admirador e conhecedor profundo do som dos caras.

Formação:
Geddy Lee (vocal, baixo, teclados);
Alex Lifeson (guitarra, violão);
Neil Peart (bateria).

Faixas:
01 – A Farewell To Kings
02 – Xanadu
03 – Closer To The Heart
04 – Cinderella Man
05 – Madrigal
06 – Cygnus X-1

Encontre sua banda favorita