Vou falar justamento do álbum ao qual tive o prazer de realizar a cobertura do show. A banda apresentou sua missa negra em divulgação deste álbum, “The Heretics”, lançado em Fevereiro deste ano.
O Rotting Christ é uma das raras exceções onde uma banda de mais de 30 anos de carreira, com 13 álbuns de estúdio, se supera e a cada lançamento, faz um “novo clássico”. E não seria diferente com este último lançamento. A banda basicamente mudou de um black metal alimentado pelo fogo para um híbrido de ritmos de bateria e de e influências de guitarra dos anos 70, que os tornou tão incrivelmente atraentes ao longo dos anos. Este último trabalho mostra claramente isso, uma sonoridade única e irrotulável, por mais que a base do seu som continue lá, intocada.
O álbum mescla agressividade com melodias, de passagens brutais para algo mais atmosférico e ritualista. Para quem ouve o disco, a sensação é de se sentir em meio á uma missa profana e sombria. Nem preciso comentar que fica melhor ainda ao ver eles ao vivo. Esse trabalho conceitual é uma reverência aos antepassados iconoclastas, pensadores livres e hereges. Ao ouvir o disco e analisar as letras, podemos encontrar várias citações ou referências de grandes pensadores que contestavam à veneração de ícones religiosos.
Produzido por Sakis, o álbum teve sua mixagem realizada por Jens Bogren e masterização por Tony Lindgren. O disco se coloca em posição de destaque não só pelo peso, como as melodias presentes na música e a capa feita pelo artista Maximos Manolis. A banda está ótima com essa nova sonoridade e composições sombrias e místicas, que possui aquele ar profano que todos os fãs de Black Metal admiram.
Faixas:
01. In the Name of God
02. Vetry zlye (Ветры злые)
03. Heaven and Hell and Fire
04. Hallowed Be Thy Name
05. Dies Irae
06. I Believe (Πιστεύω)
07. Fire God and Fear
08. The Voice of Universe
09. The New Messiah
10. The Raven
Formação:
Sakis Tolis (vocal/guitarra);
George Emmanuel (guitarra);
Van Ace (baixo);
Themis Tolis (bateria)
NOTA: 8/10