Que a década de 90, em função do grunge e da saturação do hard Rock (Hair Metal ou Metal farofa), foi bem difícil para as grandes banda de Hard Rock e Heavy metal. Todos sabem! São diversos os exemplos de bandas, que terminaram, ou que mudaram drasticamente sua a sonoridade, culminando em fracassos. Como: Dokken, Def Leppard. Outros até mudaram a sonoridade, mas conseguiram se manter no mainstream, como: Bon Jovi, Metallica. Mas sempre existe a “opção C”. Neste caso, são as bandas que até fizeram bons trabalhos, mas que foram ofuscados pela baixa, que o estilo sofria. Como o Motley Crue, no disco “Motley Crue” (único álbum com o vocalista, John Corabi), e com o sexto disco de estúdio do Ratt!
O disco autointitulado, sucedeu o disco “Detonator”, lançado nove anos antes. A época era outra, assim como a formação. O baixista, John Croucier e o guitarrista, Robin Crosby, não fizeram parte do retorno da banda, em 1996, para a gravação da coletânea “Collage”, lançado em 1997.
O disco “Ratt” foi produzido por Richie Zito. E aí vai uma curiosidade! Entre os discos que ele produziu, estão o “Cerimony”, do The Cult; e o “Native Tongue”, do Poison. Os dois discos, tem uma sonoridade um pouco distante, da que consagraram essas banda. Resumindo o que aconteceu, com as banda de Hard Rock, que fizeram sucesso nos anos 80. Como o Ratt, por exemplo.
A faixa que abre o disco “Over the Edge”, já mostra que nada de “farofa” o álbum teria. Porém, não é nada tão diferente, que poderia ser intitulada como: “alternativo”. É um hard rock mais sério, e mais sóbrio; com destaque a guitarrista, do sempre magistral, Warren DeMartini.
“Live For Today” é a primeira balada do disco. Ela é semi acústica, e lembra muito as baladas de bandas, como: Mr. Big.
Sem dúvidas alguma, um dos grandes destaques do Ratt no auge (além da dupla de guitarras), foi o baixista, John Croucier. Seja pelos back vocals, ou pelas linhas de baixo, como em “Lay it Down”. Neste disco, o baixista Robbie Crane, fez um trabalho competente. E a faixa “Gave Up Givin’ up” é um bom exemplo disso, não só pelas linhas de baixo, mas também pelos bons trabalhos nos backs vocals.
A faixa mais pop do disco, é a balada “We Don’t Belong”. Também semi acústica, ela mostra que a voz do Stephen Pearcy – que nunca foi conhecido, por ter uma das vozes mais técnicas do hard rock – está soando muito bem. Nesta faixa, outro destaque que pode sintetizar o seu trabalho no disco, é o do baterista, Bobby Boltzer. No disco inteiro, ele faz uma bateria reta, que acompanha e é acompanhado pelas ótimas linhas de baixo, de Robbie Crane.

Outra faixa a ser destacada, é a sexta: “Tug of War”. Ela tem uma introdução no violão, mas logo em seguida, já ganha corpo e, tanto Warren DeMartini na guitarra, quanto os back vocal, fazem uma dobradinha no refrão, que é um dos mais poderosos do disco.
Outra que vale a pena a menção, é a faixa “Luv Sick”. Ela me lembra a faixa “Get a Grip” do disco de mesmo nome, do Aerosmith.
“So Good , So Fine”, não é a faixa mais empolgante do álbum. Mas fecha bem, um disco que se fosse lançado na última década, provavelmente teria uma boa recepção (a exemplo dos lançamento do Winger e Def leppard), e não passaria despercebido. Felizmente a internet existe, para que tais pérolas possam ser lembradas!
No. Title
- “Over the Edge”
- “Live for Today”
- “Gave Up Givin’ Up”
- “We Don’t Belong”
- “Breakout”
- “Tug of War”
- “Dead Reckoning”
- “Luv Sick”
- “It Ain’t Easy”
- “All the Way”
- “So Good, So Fine”
Stephen Pearcy – vocais
Warren DeMartini – guitarra
Robbie Crane – baixo
Bobby Blotzer – bateria
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