Após o sucesso avassalador nos discos Metal Health (1983) e Condition Critical (1984), todos estavam apreensivos para o novo álbum dos norte-americanos, afinal de contas, em 1985 eles não haviam lançado o tão aguardado play de estúdio.
Vale ressaltar que o Quiet Riot foi uma das bandas de Heavy Metal mais importantes dos anos 80. Eles foram incluídos na lista das “100 Maiores Bandas de Hard Rock de Todos os Tempos”, feita pelo canal de televisão VH1. Eles também detêm a marca de primeira banda de Heavy Metal a colocar um álbum no topo da parada musical Billboard 200 (EUA).
Mas falando de 1986, mais propriamente deste disco que é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo no dia 6 de julho de 1986 pela Pasha/CBS tem a peculiaridade de ser o último álbum a apresentar o vocalista Kevin DuBrow, que retornaria à banda apenas no álbum de 1993, Terrified.
Apesar do nome do álbum, este é realmente o quinto disco de estúdio da banda. No entanto, é seu terceiro grande lançamento mundial. Os dois primeiros lançamentos da banda também foram intitulados Quiet Riot e Quiet Riot II, sugerindo que isso serve como um terceiro álbum autointitulado.
A mudança sonora é visível logo na primeira faixa “Main Attraction” que em sua introdução já causa impacto nos fãs mais puristas por abusar da tecnologia dos anos 80, com um “samplear” imenso.
A segunda faixa “The Wild And The Young” causa aquela alegria inicial, pois nos remete, mesmo que singelamente, aos dois discos citados no começo do texto. Mesmo assim o remix de “samplear” ainda continua deixando a faixa, mesmo com seus belos solos de guitarra, um pouco frustrante.
“Twilight Hotel”, a terceira faixa é uma que realmente vale a pena, uma balada no estilo do Heavy Metal da época, com refrão empolgante, e destaque para o poder vocal do saudoso Kevin DuBrow.
A quarta faixa “Down And Dirty”, é um fiasco, tem até um refrão interessante, mas foram infelizes no contexto geral da canção, que fica realmente sofrível. Para fechar o “lado 1” do disco temos “Rise Or Fall”, que de certa forma é bem empolgante, e nos remete aos bons momentos que o Quiet Riot nos proporcionou nos discos de 1983 e 1984.
Virando nosso tão querido disco de vinil, temos “Put Up Or Shut Up”, uma canção bem pra cima, no melhor estilo dos caras também, creio que poderiam até ter começado o lado 1 com essa música.
Na sequência temos “Still Of The Night”, uma “senhora” balada, realmente uma canção que vale a pena, desperta aquele sentimento dos anos 80, que só quem viveu sabe do que estou falando, uma música realmente mágica.
“Bass Case” com seu “um minuto”, serve praticamente de introdução para a fraca “The Pump”, onde percebemos que a banda, depois de grande sucesso, não estava mais tão bem e inspirada assim.
“Slave To Love” tem um abuso de teclados, não que prejudique a canção, poderia até ser evitado, mas a música até que agrada bastante, tem energia, e até um solo bem interessante de guitarra.
“Helping Hands” fecha o play, uma canção em que percebemos o quanto cantava Kevin DuBrow, partes que me causam nostalgia realmente.
Após o enorme sucesso de Metal Health e a recepção mais modesta de Condition Critical (que não conseguiu duplicar o sucesso do Metal Health , mas ainda ficou no top 20 e recebeu uma certificação de platina), as vendas do QRIII foram ainda mais baixas, atingindo apenas o 31º lugar nas paradas dos EUA e ainda não obteve nenhuma certificação. Isso marcou a queda final do Quiet Riot do estrelato, já que os seguintes lançamentos da banda não entraram nas paradas.
Isso marca também o primeiro álbum do Quiet Riot a apresentar Chuck Wright, ex- Giuffria, no baixo como membro oficial – antes disso, ele havia realizado um trabalho de baixo não creditado nos álbuns anteriores da banda. Este é o primeiro álbum do Quiet Riot a não apresentar nenhuma música cover.
Faixas:
“Main Attraction” 4:43
“The Wild and the Young” 3:37
“Twilight Hotel”
“Down and Dirty”
“Rise or Fall”
“Put Up or Shut Up”
“Still of the Night”
“Bass Case” (Bass solo)
“The Pump”
“Slave to Love”
“Helping Hands”
Formação:
Kevin DuBrow – vocal, backing vocal, guitarra
Carlos Cavazo – guitarra, vocal de apoio
Chuck Wright – baixo, vocais de fundo
Frankie Banali – bateria, percussão elétrica e acústica