The final Cut pode ser considerado como a continuação do álbum The Wall. Waters detalha mais as suas aflições pela perda do pai, Na edição presente no box “Oh, By The Way” está uma música que só era conhecida no filme The Wall, “When the Tigers Broke Free”. Está música detalha bem esse envolvimento emocional do álbum. Na faixa em questão, Waters descreve como seu pai foi convocado para a guerra, o local da batalha em que foi mandado e posteriormente morreu, com trinta e um anos de idade, e como foi receber a carta que informava do fato, isso ainda quando ele era uma criança. O álbum é dedicado à seu pai, Eric Fletcher.
O trabalho é bem mais melódico que o anterior, Waters se mostra um excelente intérprete de músicas carregadas de apelo emocional. The Final Cut tem a maior cara de álbum solo de Waters, inclusive é apresentado como “A Requiem For The Post War Dream By Roger Waters”.
Como mencionado, o álbum trabalha com a critica à guerra. Isso é notório em “Get Your Filthy Hands Off My Desert” e “The Fletcher Memorial Home”, por exemplo.
Esse foi o primeiro trabalho com uma formação diferente desde “A Saucerful of Secrets”. Wright deixou a banda após a turnê de The Wall. A participação de Nick Mason e Gilmour é mais discreta, mas isso não impede que os excelentes solos de Dave apareçam e sejam destaques, um dos mais marcantes é em “The Fletcher Memorial Home”, um solo carregado de emoção.
The Final Cut é um trabalho muito carregado emocionalmente, demorei para entender e gostar das melodias presentes aqui. Inicialmente se mostrou um álbum chato, mas que ganhou meu gosto. O trabalho encera a participação de Roger Waters no Pink Floyd. O que vem depois disso todos conhecem, brigas na justiça e muita roupa suja lavada em público. Aqui acaba aquela banda com sonoridade dos anos 70 e uma nova fase começa.
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8/10