INTRODUZINDO: Vitalogy é o terceiro álbum de estúdio do grupo norte-americano Pearl Jam, gravado em Seattle e que recebeu uma edição em disco de vinil em 22 Novembro 1994. Este álbum contém clássicos como “Corduroy“, “Nothingman” e “Better Man“. O disco atingiu a marca de cerca de 5 milhões de unidades vendidas.
RELEASE: Pearl Jam é uma banda norte-americana de Rock Alternativo, formada na cidade de Seattle (Washington) no ano de 1990. Foi formada após a dissolução da banda Mother Love Bone – de Ament e Gossard – e estourou com seu debut álbum Ten.
Durante a carreira, seus membros se tornaram notados pela recusa em aderir às tradicionais práticas da Indústria Fonográfica à época, incluindo a recusa em produzir videoclipes – carro chefe das bandas nos anos 90, através de veículos como a MTV – bem como o engajamento em um boicote contra a Ticketmaster. .
O Pearl Jam foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2017. A banda já vendeu mais de 30 milhões de álbuns somente nos Estados Unidos, e aproximadamente 60 milhões em todo o mundo. É considerada uma das bandas mais importantes da década de 1990.
DISSECANDO O DISCO: o disco se inicia de forma “estranha”, uma espécie de jam de aquecimento – quase desconexo – que logo cedem lugar a faixa de abertura “Last Exit“. Temos aqui “o melhor” da banda, uma canção consistente, sólida, intensa. O refrão gruda logo de cara. O Pearl Jam tem uma característica muito forte em sua sonoridade, difícil não se agradar. A sucessora, “Spin The Black Circle“, tem uma pegada bem punk anos 80, lembrando até o Offspring daquela época. Soa um pouco dissonante a sequência das duas faixas de abertura. É uma faixa curta, com menos de 3 minutos, o que por aqui não se trata de nenhum absurdo. “Not for You” recaptura a sonoridade original da banda: uma canção arrastada de letra profunda. Boa de se ouvir bebendo algo alcoólico de amargor acentuado, e quem sabe, fumando um charuto pesado. O solo é melancólico, porém, muito harmonioso, com um conjunto de vozes típico. “Tremor Christ” tem uma pegada bem cativante de guitarra, puxando para a sonoridade do ska. Uma canção muito interessante, que ganha uma vivacidade muito acentuada pela voz de Eddie Vedder.
“Nothingman” é badalada, no melhor estilo da banda. A presença forte do violão – como instrumento principal na canção – agrega um aspecto “triste” à melodia. O Pearl Jam se destaca muito entre seus fãs exatamente neste tipo de composição. “Whipping” agita novamente o disco, sendo mais daquelas rápidas. É uma boa música para se prestar uma audição, mas, sem pontos fortes que a destaque. “Pry, To” é uma “coisa” estranha no meio do disco, não captei a sacada… “Corduroy” é outra clássica do disco, que entusiasma o ouvinte: tem a levada típica da banda, meio punk, meio rock (que também é uma das principais características do movimento grunge).
“Bugs” se apresenta de forma inusitada… muito criativa, diferente. Achei demais! “Satan’s Bed” é mais uma canção que capta a atenção e cria uma atmosfera entorno do ouvinte. “Better Man” se inicia lenta, carregada de sentimento, tendo posteriormente uma retomada de curso, uma virada bem agradável. É uma grande canção, tanto em sonoridade, como em sua letra. “Aye Davanita” é outra “canção-coisa-estranha” que não é bem uma canção, mas de longe é algo ruim. É algo mais semelhante a um mantra, algo dessa espécie. “Immortality” é uma poesia em forma de música, com uma letra profunda e reflexiva. Sua sonoridade varia entre altos e baixos, no sentido, de ser ao mesmo tempo serena e intensa. Sem dúvida, um dos destaques no disco. A última faixa, “Hey Foxymophandlemama“, já desperta curiosidade pelo nome incomum. Particularmente, sou bastante adepto dessas “viagens sonoras”promovidas pelo Pearl Jam, nos tiram do “comum”, do tradicional, e nos elevam à uma dimensão superior. Sei que isso se iniciou la pelos anos 60, com a psicodelia do Pink Floyd e afins, e, temos aqui, uma continuidade daquele sentimento… eu gosto!
OPINIÃO DO REDATOR: É indiscutível a contribuição que o Pearl Jam trouxe ao Rock, com sua sonoridade única, praticamente pioneiros de um novo estilo musical, e acima de tudo, com suas canções de extrema qualidade e profundidade poética. A banda atingiu um patamar monstruoso com seu debut álbum –Ten – e conseguiu se manter fiel com seu sucessor VS, e até este, que marca seu terceiro trabalho. Referente à sonoridade, este disco é considerado menos agressivo que a de seus predecessores.
Lançamento: 22 de Novembro de 1994
Gravadora: Epic Records
Faixas:
“Last Exit” – 2:54
“Spin the Black Circle” – 2:48
“Not for You” – 5:52
“Tremor Christ” – 4:12
“Nothingman” – 4:35
“Whipping” – 2:35
“Pry, To” – 1:03
“Corduroy” – 4:37
“Bugs” – 2:45
“Satan’s Bed” – 3:31
“Better Man” – 4:28
“Aye Davanita” – 2:58
“Immortality” – 5:28
“Hey Foxymophandlemama, That’s Me” – 7:44
Formação no disco:
Eddie Vedder: Vocal e guitarra
Jeff Ament: Baixo e backing vocal
Stone Gossard: guitarra e backing vocal
Dave Abbruzzese: bateria
