Roadie Metal Cronologia: Overkill – White Devil Armory (2014)

O Overkill, como todo fã de Thrash Metal sabe, já atravessou mais de três décadas com consistência e sangue no olho. O grupo sempre capitaneado pelo vocalista Bobby “Blitz” Ellsworth e pelo baixista Carlo “D.D.” Verni, lançou em 2014 este que, até agora, é o álbum de maior expressão do quinteto.

“White Devil Armory” atingiu a melhor colocação de sua discografia na “Billboard 200”, com a 31ª posição. O mesmo número foi atingido na Suíça, e na Alemanha bateu o 20º lugar das paradas. Na primeira semana de lançamento o disco vendeu só nos EUA 8.400 cópias. Com isso, o Overkill provou que ainda é adorado e vive presente na mente de seus seguidores, que hoje são representados por mais de uma geração.

A própria banda produziu o álbum no Gear Recording Studio, em Shrewsbury, Nova Jersey (EUA) e sua masterização e mixagem foram feitas por Greg Reely (Fear Factory, Machine Head, Coldplay). A produção também teve participação de Michael Romeo (Symphony X) nos arranjos e Mark Tornillo (Accept) nos ‘backing vocals’ de “Miss Misery”, cover do Nazareth que entrou como bônus.

“White Devil Armory” traz um Overkill empolgado e sem demostrar sinais de cansaço. A primeira música, “Armorist”, que ganhou versão em videoclipe (veja no final da resenha), já solta a sua fúria em confirmação à grande fase da banda. Bobby Blitz, com seu vocal rasgado, não receia cantar a longos alcances, o “cinquentão” bota realmente para quebrar. Da mesma forma, D.D. Verni parece aprimorar ainda mais suas técnicas no baixo.

O peso em “Bitter Pill” é destacável pela pegada dos riffs e segue padrões externados pela primeira vez em álbuns como “Feel the Fire” (1985) e “Taking Over” (1987). Sim, esta fase atual do Overkill que vem desde “Ironbound” (2010) pode lembrar os seus primórdios, tamanha energia empregada nela. Não é à toa que grandes veículos da mídia mundial, como os sites Blabbermouth, All About The Rock, Metal Forces e AllMusic vêm “rasgando a seda” em cima da banda.

Há de salientar que o trabalho do ex-baterista Ron Lipnicki em faixas como “Where There’s Smoke” e “Freedom Rings” foi essencial para que essa agressividade continuasse intacta pelos 12 anos em que passou na banda, dando tempo de gravar ainda o atual álbum, “The Grinding Wheel”, lançado em fevereiro. Os guitarristas Dave Linsk e Derek “The Skull” Tailer, que também estão no grupo desde longa data, deram o seu gás e contribuíram maciçamente para o grande poder deste álbum, pois palhetadas velozes e solos cortantes ainda continuam sendo as características principais do Overkill. Escute o “estrago” que a dupla faz em “Another Day To Die” e em “King of The Rat Bastards”.

São 37 anos de carreira, 18 álbuns oficiais e vários outros lançamentos sempre na corrente do Thrash Metal. O Overkill realmente é uma banda que chama a responsabilidade pra si e que não tem essa de deixar a “peteca cair”. Banda para quem ama o estilo e para quem está pronto para o ‘mosh’.

Formação:
Bobby “Blitz” Ellsworth (vocal);
Dave Linsk (guitarra);
Derek Tailer (guitarra);
D.D. Verni (baixo);
Ron Lipnicki (bateria).

Faixas:
01. XDM (intro)
02. Armorist
03. Down To The Bone
04. PIG
05. Bitter Pill
06. Where There’s Smoke
07. Freedom Rings
08. Another Day To Die
09. King Of The Rat Bastards
10. It’s All Yours
11. In The Name
12. The Fight Song (bonus, versão digipack)
13. Miss Misery (cover de Nazareth, versão digipack)

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