O Overkill sempre enfrentou problemas com sua formação, desde seu surgimento, em meados de 1980, a banda sempre teve dificuldade para manter um único time. Mesmo após vinte anos de banda, e um nome consolidado no estilo, o grupo ainda se depara com os mesmos velhos problemas, desta vez os envolvidos são os guitarristas Sebastian Marino e Joe Comeau que decidem sair da banda, mantendo assim a estigma: “Mais uma década, mais uma formação”.
Os substituídos, Dave Linsk e Derek Tailer, logo são recrutados e quase que imediatamente o grupo decide lançar mais um álbum, desta vez intitulado Bloodletting. O disco é gravado somente com o guitarrista Dave Linsk, mas durante a turnê o guitarrista Derek “The Skull” Taylor também ingressa ao grupo dando um ar mais vigoroso nas apresentações.
Bloodletting traz uma banda madura e uma mistura digna entre sua pegada thrash característica (muito difundida no início da carreira) junto ao groove proposto em seus discos mais recentes. Aliás essa mistura entre “o velho e o novo” é o ponto alto do trabalho, faixas avassaladoras como “Thunderhead”, “Bleed Me” e “Let It Burn” são exemplos perfeitos desta mistura brutal.
Destaques inegáveis para “What I’m Missin”, “Death comes out to play” e “Can’t Kill a Dead Man” todas compostas pela dupla D.D. e Blitz.
Vale lembrar que foi durante a turnê deste álbum que a banda decide gravar seu primeiro DVD ao vivo, intitulado Wrecking Everything.
Formação:
Bobby “Blitz” Ellsworth — vocal
D.D. Verni — baixo
Dave Linsk — guitarra
Tim Mallare — bateria
Faixas:
“Thunderhead” – 5:39
“Bleed Me” – 4:30
“What I’m Missin'” – 4:36
“Death Comes Out To Play” – 5:02
“Let It Burn” – 5:18
“I, Hurricane” – 5:04
“Left Hand Man” – 6:10
“Blown Away” – 6:43
“My Name Is Pain” – 4:17
“Can’t Kill A Dead Man” – 4:05
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8/10