E lá vamos analisar uma banda de Doom Metal, um estilo que pessoalmente não me agrada de jeito algum. Porém, estilos como este são bons para que possamos sair de nossas zonas de conforto. Às vezes a experiência é ótima, outras vezes, nem tanto.

Estamos no ano de 2000 e o NOVEMBERS DOOM passou o verão do hemisfério norte trancafiado no “Studio One”, na cidade de Racine, em Wisconsin, com a própria banda responsável pela produção. “The knowing” foi lançado em novembro deste mesmo ano pela gravadora “Dark Symphonies“.

Colcando a bolacha para rolar, temos a abertura com “Awaken” é a faixa que abre o disco e embora seja até bem tocada, não há peso.

Harmony Divine” dá sequência ao play e essa já tem algumas influencias do Death Metal, mas o peso segue defasado, enquanto que em “Shadows of Light” temos uma música com algumas mudanças de andamento, mas que em boa parte dela, se mantém o clima sombrio e atmosfera típicas das bandas de Doom. Aqui eu destaco o baixista com suas interessantes linhas em seu instrumento. Mas pessoalmente, a banda ainda não me convenceu. Vamos manter a calma, estamos ainda na terceira música.

Intervene” é uma bela instrumental em que brilha o dedilhado do violão. E provavelmente essa será a música que mais terá me chamado atenção.

Silent Tomorrow” mais se parece uma cópia do TYPE O NEGATIVE, só que com muito menos qualidade, embora aqui os músicos sejam até bons. Ainda assim, esta se mostra melhor do que as três primeiras faixas, o que não significa muito.

In Faith” é uma faixa densa em que há mudança nos vocais, que começam limpos e depois guturais. É interessante, mas ainda tá faltando peso.

Searching the Betrayal” tem seus bons momentos, principalmente as linhas de baixo ao final. Mas ainda é insuficiente para dizer que o disco se tornou bom.

Last God“, do alto de seus nove minutos tem novas mudanças nos vocais, que ora são limpos, ora guturais. Mas é outra música que você perde quase dez minutos preciosos da sua vida aguardando ela crescer e tudo que acontece é uma batalha épica contra o sono. Porque isso é monótono demais.

In Memories Past” já tem uma pegada mais Stoner, que se diferencia das demais do disco, com um pouco mais de punch nas guitarras. Era isso que eu esperava desde a primeira faixa. As linhas de baixo são sensacionais e um bom solo de guitarra finalmente me fazem olhar com outros olhos para está banda que não havia me despertado o menor interesse até aqui. Porém, esperar nove faixas, em um disco que tem onze, para encontrar uma faixa interessante, é pouco, muito pouco.

The Day I Return” tem um piano interessante em sua intro e em seu desenvolvimento ela se mostra um pouco mais densa e atmosférica que as primeiras faixas, mas ainda assim, não o suficiente para me conquistar.

Aura Blue” fecha o disco de maneira melancólica, tal como foi este “The Knowing” do início ao fim. Aqui temos o vocalista alternando vozes limpas e guturais, mas nada ajuda muito. De bom somente as boas harmonias do piano no início e ao final.

Enfim, um disco longo, enfadonho e que dá ao ouvinte sensação de sonolência durante seus mais de 63 minutos de duração. Ao menos que você seja fã deste tipo de música melancólica e que insistem em ramificar no Metal, passa longe deste CD e desta banda, que eu não recomendo.

Lineup:
Paul Kuhr – Vocal
Larry Roberts – Guitarra
Mary Bielich – Baixo
Eric Burnley – Guitarra/Teclado
Joe Nunez – Bateria

Tracklisting:
01 – Awaken
02 – Harmony Divine
03 – Shadows of Light
04 – Intervene
05 – Silent Tomorrow
06 – In Faith
07 – Searching the Betrayal
08 – Last God
09 – In Memories Past
10 – The Day I Return
11 – Aura Blue

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