Roadie Metal Cronologia: Nevermore – This Godless Endeavor (2005)

Sem sombras nenhuma de dúvidas, o Nevermore foi uma das bandas mais consistentes do Heavy Metal. Não apenas consistente como banda, mas também em cada álbum, onde alguns são muito bons e alguns são simplesmente surpreendentse. Eu teria dificuldades em escolher entre “This Godless Endeavor” e “Dead Heart In A Dead World” como o seu melhor trabalho, enquanto “Enemies Of Reality” e “Dreaming Neon Black” são quase clássicos também. Este foi o primeiro álbum do Nevermore que ouvi depois de surpreendentemente ser impressionado com materiais anteriores que eu ouvi, um fato que ainda me intriga! Este álbum absolutamente me tornou viciado desde a primeira vez que eu coloquei para tocar.

Em retrospecto, eu acho que o Nevermore foi a banda de Heavy Metal que mais me surpreendeu nos últimos 15 anos. Um som maciçamente pesado com bateria poderosa e um imenso trabalho de guitarras, mas com vocais épicos e limpos. Pelo fato de minhas raízes estarem no Iron Maiden e Judas Priest, eu amo vocalistas que podem realmente cantar e Warrel Dane entrega um excelente resultado. No entanto, ele quase mete o pé na jaca na abertura “Born”, com uma baixa e semi-rosnado voz, antes de ir para o seu estilo mais tradicional. Falando de “Born”, Jeff Loomis mostra imediatamente por que ele é um dos melhores guitarristas sempre com solos que combinam virtuosismo com muito bom gosto e melodia, um bom presságio para todo o resto do álbum. A adição de Steve Smyth na guitarra leva alguma pressão á Loomis e ambos músicos brilham aqui, tanto em termos de riffs e solos, mas também em créditos de composição.

A composição é sólida, mais do qualquer coisa que o Nevermore jamais fez antes deste álbum, sem maldade. Há uma boa mistura de estilos aqui: uma abertura de ritmo acelerado, um cativante single (com excelente bateria) de “Final Product”, o riff quase Doom Metal que abre “My Acid Words”, a sonoridade obscura da balada “Setient 6” são todos destaques que merecem atenção. Menção especial às duas últimas faixas, “A Future Uncertain” e a faixa título. Composições razoavelmente longas que são tão bem escritas que você mal nota que quinze minutos se passam na execução delas. Eu gosto especialmente da faixa de título, a sua introdução assustadora gradualmente evoluindo até que um riff enorme dá as caras, juntamente com vocais dramáticos, levando para outro riff maciço para esmagar e enviar-nos em uma viagem de nove minutos de desespero e desolação, cortesia da letra fantástica de Warrel Dane. Tudo apoiado com uma excelente musicalidade. Performances de primeira classe de toda a banda neste álbum e a produção está perto da perfeição.

Este é um álbum muito forte. Existem quatro faixas no meio que podem ser consideradas enchimento pelos padrões realmente elevados das faixas em torno delas. Se estivessem em qualquer outro álbum, seriam consideradas destaques, tal é a força do material ofertado aqui. A única desvantagem deste álbum é que é tão bom que qualquer acompanhamento seria quase certamente inferior, como foi o caso. Mas pelo menos temos este épico e os cinco álbuns anteriores para cimentar o legado do Nevermore.

Formação:
Warrel Dane (vocais)
Jeff Loomis (guitarras)
Steve Smyth (guitarras)
Jim Sheppard (baixo)
Van Williams (bateria)

Track List:
01. Born
02. Final Product
03. My Acid Words
04. Bittersweet Feast
05. Sentient 6
06. Medicated Nation
07. The Holocaust Of Thought
08. Sell My Heart For Stones
09. The Psalm Of Lydia
10. A Future Uncertain
11. This Godless Endeavor

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