Na década de 80, os escoceses do Nazareth já não eram tão prestigiados como na década anterior. Mas eles seguiram em frente, e seguem até hoje, gravando discos. Como o “The Fool Circle”, o décimo segundo disco de estúdio da banda.
Gravado em 1981, “The Fool Circle” é o primeiro álbum da banda, no qual a sonoridade da Reggae Music é adicionada ao característico rock n’ roll da banda. O disco foi produzido por Jeff Baxter (The Doobie Brothers) e foi lançado pela gravadora A&M Records.
O disco abre com o single “Dressed to Kill”. O destaque é para os teclados de John Locke, que junto com Zal Cleminson, são os músicos convidados que participam no disco. A faixa é o tipo de rock “bom para dançar”, com um refrão marcante e um bom solo de guitarra. Basicamente, uma boa fórmula para um single.
A faixa seguinte, “Another Year”, quebra o entusiasmo da abertura. O riff de abertura, do guitarrista Manny Charlton, dá um tom um pouco mais “soturno”, na música. Manny também é destaque no refrão, onde a sua guitarra é tão importante quanto o refrão.
O segundo single, é “Moonlight Eyes”. Essa é uma balada que agrada tanto o fã que só conhece o clássico “Love Hurts”, quanto o fã que conhece a discografia da banda. “Moonlight eyes I see you smile/ It lightens up my night/ Your smile takes all the fight out of me (Olhos de luar, eu vejo você sorrir/ Ele ilumina minha noite/ Seu sorriso retira toda a desordem de dentro de mim). Uma balada para ninguém colocar defeito.
Para mim, o ponto alto do disco é: “Pop the Silo”. A introdução no violão, me lembra a faixa “Spotlight” do Sweet, e é a faixa mais pesada do disco. Destaque total para a voz rasgada de Dan McCafferty. E é bom ressaltar que, por mais que o disco não fez um grande sucesso, a banda estava em grande forma.
A primeira notícia que aparece, quando você pesquisa por este álbum, é sobre a adição do Reggae Music. E é na quinta faixa (metade do disco), “Let Me BeYour Leader”, que ela aparece. Em 1981, bandas como: The Police e The Specials, já faziam sucesso com a mistura do Reaggae/ Ska, Rock n’ Roll e a New Wave. Nessa faixa, o refrão faz com o que a mistura sonora não soe artificial.
Sobre essa mudança, o baixista e único membro presente em todas as formações do Nazareth, Pete Agnew, comentou: “Fool Circle’ foi o mais perto que chegamos de fazer um álbum conceitual, tentando injetar um pouco de humor em um assunto bastante pesado. Acho que o fato de tê-lo gravado na ilha de Montserrat pode ser responsável por um pouquinho de reggae abrindo caminho. “
Uma das grandes virtudes do Reggae, é o baixo. E Pete Agnew, dá um show! A faixa “We Are the People, é toda focada no seu instrumento. É ele quem dita as regras, numa faixa que também um “quê” de Blues.
Enquanto a próxima faixa, “Every Young Man’s Dream”, é uma boa balada, com um “vibe” otimista. A faixa “Little Part of You”, soa como um AOR clássico.
Outro grande destaque do álbum, é o cover de “Cocaine” do Eric Clapton.. No disco, a faixa é ao vivo, com participação do Zal Cleminson, que toca o violão de doze cordas. A versão é maravilhosa, por ser uma versão Reggae, e – para variar – com um show de Pete Agnew.
O disco se encerra com “Victoria”. Um Blues clássico que, encerra um disco surpreendente, no que diz respeito a forma que a banda se mostrava (contrariando exemplos de bandas que, na sua Era menos “importante”, sempre mostram um lado pouco inspirado) e que soube adicionar uma nova sonoridade nas suas músicas.
É bom ressaltar que, faixas como; “Morgentau” e “Crazy”, apareceram em outras versões posteriores.

Faixas:
- “Dressed to Kill”
- “Another Year”
- “Moonlight Eyes”
- “Pop the Silo”
- “Let Me Be Your Leader”
- “We Are the People”
- “Every Young Man’s Dream”
- “Little Part of You”
- “Cocaine” (J.J. Cale cover; live)
- “Victoria”
Formação:
Dan McCafferty-Vocais
Manny Charlton-Guitarra
Pete Agnew-Baixo
Darrell Sweet- Bateria
Baixe nosso aplicativo na Play Store e tenha todos os nossos conteúdos na palma de sua mão.
Link do APP: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.roadiemetalapp
Disponível apenas para Android