Malice in Wonderland, é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda de rock escocesa Nazareth, lançado em 15 de fevereiro de 1980. Houve um tempo em que a banda já não tinha mais o mesmo sucesso do começo de suas carreiras. A prova disso se dá após o forte declínio que teve o álbum anterior, intitulado ” No Mean City”, mas voltemos ao que realmente interessa, e neste meio tempo a banda optou por mudar de estratégia, investir em outro lado, e quem sabe assim partir para o lado mais comercial, com cada um dando o melhor de si para produzir músicas que fizessem sucesso novamente.
E ao que tudo indica realmente a estratégia funcionou, fazendo com que as pessoas focassem mais nesse LP do que no disco anterior. Aparentemente esse álbum é perfeito, não há do que reclamar, e de primeira já podemos dar destaque para quatro faixas que chamam bastante a atenção do ouvinte, vamos lá:
“Holiday” é uma música divertida, talvez pela simbologia contida na canção, é bem típica dos anos oitenta mesmo, um refrão bem hard rock lembrando a banda 38 Special.
No entanto, também é bonita a canção “Showdown at the Border” que vem com uma bela melodia, porém poucos gostam por não ter tanto peso.
“Talking to the of the boys”, é puro hard rock com refrões bem suaves contrastando com a voz rouca de Dan Macfferty que é aula pra todas as bandas de hard rock que vieram ao mundo graças à existência das bandas dos anos 70 e 80, sendo o Nazareth responsável por boa parte delas, grande som! Um baixo bem marcado e guitarras em brasa!
“Heart’s Grown Cold” para quem curte uma balada essa faixa é perfeita, é uma música com apelo emocional bem forte, como de costume o Nazareth o faz com louvor, vocal bem interpretado e com muito feeling, coral esplêndido no refrão encerram epicamente.
“Fast Cars”, já é a mais despojada do estilo simplesmente rock; dando um passeio por sonoridades e vocais mais alinhados ao som ‘pop’ com vocal de Dan bem jovial.
Já a “Big boy”, tem o seu reconhecimento, pois oferece uma visão de onde a banda estava chegando com esse novo disco, uma vibe que flerta um pouco o estilo “reggae”.
“Talkin’ to one of the boys”, traz uma sonoridade que lembra o americano Eagles, e também do velho e não menos adorável Deep Purple. É um ritmo dançante e que vem acompanhada de guitarras sinuosas.
“Fallen Angels, tem uma vibe boa, e que possivelmente torne a segunda balada deste disco, é encantador, e o seu ritmo é contagiante.
“Ship of Dreams”, é uma viagem sonora, com climas dos anos 60, com pitadas de Jefferson Airplane, Spirit, muita paz e amor, aqui o som do Nazareth flutua leve e com classe. Contem dedilhados e timbres bem trabalhados, baixo limpo e firme.
Agora, fechamos o álbum com chave de ouro, com a belíssima canção “Turning a new leaf”, música que alterna a voz limpa e rouca de Dan Maccaffert, ambiente americano que remete novamente ao estilo americano, marcação simples e deixa um gostinho de quero mais
Na minha opinião, esse álbum passou por uma renovação e que deu certo, tirando essa impressão ruim que ficou do álbum anterior, é perfeito para se ouvir ao lado de uma lareira com uma boa taça de vinho.
Tracklist
1.”Holiday”
2.Showdown at the Border”
3.”Talkin’ to One of the Boys”
4.”Heart’s Grown Cold”
5.”Fast Cars”
6.”Big Boy”
7.”Talkin’ ‘Bout Love”
8.”Fallen Angel”
9.”Ship of Dreams”
10.”Turning a New Leaf”
Formação:
Dan McCafferty-Vocais
Manny Charlton-Guitarra
Zal Cleminson-Guitarra
Pete Agnew-Baixo
John Locke-Teclado
Darrell Sweet- Bateria
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