Mais um Cronologia da Roadie Metal e mais um de uma banda de Doom, que apesar de não ser fã, me surpreendi positivamente com o último que postei, o Novembers Doom.

A resenha de hoje é de mais um álbum da banda inglesa My Dying Bride, mais especificamente do sétimo de estúdio deles, o “My Dreadful Hours”, lançado em 13 de novembro de 2001. Lembrando que essa resenha, assim como tantas outras será escrita enquanto escuto música a música, então, vamos lá!

O álbum começa com a faixa título, com uma introdução bem atmosférica, sons de chuva e uma introdução calma de guitarra, crescendo com riffs mais pesados mas ainda arrastada com seus vocais melancólicos, até o peso entrar de vez (bela surpresa diga-se de passagem) com vocais guturais e terminar novamente melancólica.

A The Raven and the Rose já inicia mais pesada, com uma atmosfera até meio “gótica” com sua cama de teclado, som de orgão. Queria destacar o belo trabalho do baterista Shaun Taylor-Steels nessa faixa, principalmente nas viradas mais “setentistas” na primeira parte da música.

A terceira faixa, Le Figlie Della Tempesta, é bem atmosférica (são músicas que serviriam muito como trilha de filmes de terror) e vai crescendo gradualmente. As vozes limpas de Aaron Stainthorpe dão toda a intensidade que a música pede, e acho importante destacar pois funcionam muito bem nessa música.

Chegamos na metade do disco com Black Heart Romance, uma música ainda mais densa e lenta, mesclando bonitos momentos mais “clean” com o peso e passagens atmosféricas.

A Cruel Taste of Winter segue com o clima obscuro e denso, e com bons riffs de guitarra para quem gosta de high gain (distorção pesada, para quem não entende dos termos).

Com a introdução mais bonita do álbum até agora, My Hope, the Destroyer dá uma pequena acelerada nas coisas, trazendo mais uma vez aquela atmosfera até meio gótica, densa, alternando com o peso.

Chegamos aqui a última música INÉDITA do cd, mas vocês já vão entender. The Deepest Of All Hearts repete a fórmula das outras músicas, não quero ser redundante então só vou dizer que é melancólica.

A última música, na verdade é uma regravação de The Return to the Beautiful, do primeiro disco da banda, “As the Flower Withers” de 1992. Mais uma música competente na sonoridade que a banda oferece, bem pesada, comprida (várias músicas desse álbum beiram e passam os 10 minutos) e com aquela atmosfera pessimista.

Não vou mentir, achei muito arrastado para o meu gosto, mas é inegável que o disco foi sim bem produzido, que as músicas no que a banda se propõe são bem feitas e sim muito pesadas. Se você é fã de Doom Metal esse é um álbum essencial. Só gostaria que tivesse uma diversidade maior nas músicas, pois senti mais do mesmo em várias delas, pois como já tenho uma certa referência no que diz respeito ao estilo (essa é a terceira banda do gênero que resenho no cronologia), a banda pode sim “acelerar” ou mudar os ares um pouco sem perder a essência.

Faixas:
01. The Dreadful Hours
02. The Raven and the Rose
03. Le figlie della tempesta
04. Black Heart Romance
05. A Cruel Taste of Winter
06. My Hope, the Destroyer
07. The Deepest of All Hearts
08. Return to the Beautiful

Formação:
Aaron Stainthorpe (vocal)
Andrew Craighan (guitarra)
Hamish Hamilton Glencross (guitarra)
Adrian “Ade” Jackson (baixo)
Shaun Taylor-Steels (bateria)




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