Quando surgiu ao mundo a banda Mr.Big, muitos acreditavam que a banda iria figurar facilmente como um dos maiores grupos de Hard Rock do mundo. Esse fato em muito se deve ao lineup da formação clássica que contava com músicos de calibre e que, já possuíam uma história consagrada à frente de outros trabalhos.
Quem em sã consciência desacreditaria em um projeto formado por Eric Martin (vocal), Paul Gilbert (guitarra), Billy Sheenan (baixo) e Pat Torpey (bateria)? E não à toa que o primeiro álbum autointitulado e lançado em 1988 caiu nas graças do público e rapidamente foi absorvido como um disco fundamental daquele ano e para o estilo proposto pela banda.
Porém os anos foram passando e manter quatro gênios da música em suas zonas de conforto, é algo inumanamente impossível. Brigas internas, direções musicais diferentes, divergências de estilo e diversos assuntos começaram a afetar essa união e a banda acabou entrando em conflito e músicos da formação original começaram a debandar, quando em 2003 fizeram a último tour e resolveram encerrar as atividades da banda.
Passados cinco anos, os quatro integrantes originais, se juntaram e resolvem retomar a carreira do Mr.Big para alegria e surpresa de inúmeros fãs carentes de novidades. E essa junção trouxe ao mundo o sétimo disco de estúdio e aclamado “What If…”.
Nesse registro o Mr. Big conseguiu resgatar sua essência, em muito criticada por ficar em falta nos dois últimos trabalhos de estúdio, e apresentou um disco elementar ao seu curriculum. Em “What If…” é possível encontrar desde faixas calcadas no mais pura Hard Rock, assim como, as baladas características da banda e até mesmo alguns experimentos mais cadenciados e comercias.
O disco em si, é uma verdadeira obra de arte e faixas explosivas como a primeira “Undertown”, “Still Ain’t Enought For Me”, “Once Upon A Time” (uma das melhores do disco), “I Won’t Get in My Way” e “I Get the Feeling”, mantém o balanço e groove do registro, contagiando os ouvidos e comprovando que a banda é incrivelmente gostosa de se ouvir e é impossível se manter quieto em qualquer dessas faixas citadas.
As baladas “Stranger In My Life”, “As Far As I Can See” e “All The Way Up”, não chegam aos pés de clássicos como “Shine”, “To Be With You” e “Wild World”, mas consegue emocionar na dosagem certa e não soam cansativas, pelo contrário, são fundamentais no desenrolar do disco.
Algumas músicas carregam alguns experimentos diferentes que os músicos do Mr. Big resolveram incluir em “What If…”. A faixa “American Beuty”, em estilo Van Halen, tem o baixo mais alto que o normal e sua levada é uma aula de técnica e demonstração de talento individual de cada um dos músicos da banda, uma faixa excelente por sinal. “Nobody Left to Blame” soa como uma faixa folk ao estilo celta, uma boa pedida. Uma das mais rápidas do álbum, “Around the World” é direta no ponto e totalmente para cima com seus refrãos pegajosos e de fácil assimilação.
Com certeza o Mr.Big voltava ao cenário com toda qualidade que eles possuem, comprovadamente, “What If…” é um ponto altíssimo da carreira do grupo e um disco que deve ser considerado fundamental na discografia da banda.
Formação:
Eric Martin – Vocal
Paul Gilbert – Guitarra
Billy Sheehan – baixo
Pat Torpey – bateria