Continuando com a cronologia dessa maravilhosa bande de hard rock (que por acaso eu tive a honra de indicar para esse cronologia) Mr. Big, chegamos ao ano de 1996 com o quarto álbum do quarteto norte americano, o Hey Man, e o último com o Paul Gilbert (que só iria voltar em 2009).
Trapped in Toyland começa com uma intro de piano que engana.. nos faz pensar que é uma balada (que convenhamos o Mr. Big sabe fazer muito bem) mas bem com um hard/heavy muito competente.
Take Cover se tornou o maior hit desse álbum, com uma veia mais pop mas não menos competente, a música tem um refrão cativante e um ótimo trabalho do finado baterista Pat Torpey. Essa música se tornou presente no setlist da banda desde então.
O groove como solto na Jane Doe, mostrando que Billy Sheehan não é só feito de velocidade, fazendo uma cozinha impecável com Pat e sendo acompanhando pelos riffs e swing das guitarras de Paul Gilbert.
Goin’ Where the Wind Blows é uma daquelas baladas clássicas do Mr. Big, com a voz rouca e competente de Eric Martin com um acompanhamento acústico e é claro, os backing vocals que é marca registrada da banda, linda música.
Continuando nas baladas, mas agora elétrica, The Chain é simples e eficiente, com um bonito arranjo e aquele refrão grudento.
A hardeira boa volta em Where Do i Fit In, mesclando com uma veia mais blues, a música é cheio de belos fraseados de Paul Gilbert e um solo cheio de “feeling” que deixaria qualquer blueseiro com inveja.
If That’s What It Takes tem aquele ar de balada dos anos 70 as com aquele ar blues com pitadas meio country/soul (tipo aquelas músicas de culto de igreja protestante americana), uma mistureba que funciona muito bem!
E a pauleira volta com Out of the Underground, trazendo riffs dignos das bandas de metal mais “true” dos anos 80. Música perfeita pra você que gosta da veia mais agressiva do Mr. Big. A mais pesada do álbum de longe!
Mais uma balada pra dedicar para a amada (ou amado), Dancin’ Right Into The Flame traz aquele refrão gostoso de cantar, mérito de Eric que é PHD nos “love songs”.
Mama D. pode enganar pela introdução mais “country” e acústica, pois não demora para ganhar um bom peso e profundidade.
Pra fechar o álbum, Fool Us Today traz todos aqueles elementos que caracteriza Mr. Big, o peso, o groove, os backing vocals, mostrando que mesmo numa época em que o Grunge predominava com sua crueza, que o rock mais trabalhado não tinha perdido força.
Hey Man é um álbum que pesa um pouco mais pras “baladas”, mas sem deixar a peteca cair, trazendo ótimas músicas com uma veia mais metal e blues, e fechando com chave de ouro o primeiro ciclo de Paul Gilbert na banda!