O Megadeth e umas das bandas mais significativas do estilo, já que se difere de outros nomes por ostentar um elo fortes entre técnica e feeling, um expoente de grandiosidade a ser encontrado dentro do Thrash Metal mundial. Álbuns consagrados e cultivados com expressividade, onde temas envolventes e viscerais são expostos sem censura, transformam seus discos em verdadeiras obras de arte.
Mesmo com algumas mudanças significativas em sua formação, a banda nunca perdeu sua “pegada” característica, muito disso devido ao foco do guitarrista e vocalista Dave Mustaine que nunca deixou “a bola cair” liderando o grupo com mãos de ferro.
Quando se fala em Megadeth cada um tem seu álbum favorito ou aquela formação que mais lhe agrada, porém não podemos negar que em todas o Megadeth soube muito bem manter o padrão, tirando um RISCO aqui e ali, sim, a banda sempre manteve o nível agregando a sua criatividade um degrau a mais a cada disco lançado.
Mustaine sempre se cercou de músicos fantásticos, naipes que engrandecem ainda mais a proposta da banda, e foi com muito grado que pela primeira vez, após algumas demissões na banda, finalmente pudemos ver um Brasileiro fazendo parte de um grupo de nome internacional, Kiko Loureiro (Angra) entra pra história do Metal nacional como o primeiro Brasileiro a fazer parte de uma banda de renome mundial, claro que não podemos esquecer que Andreas Kisser antes de Kiko já participou de uma banda deste porte, isso ocorreu quando o guitarrista participou durante um tempo do Anthrax, porém Kisser não era um membro oficial propriamente dito, já que apenas substituiu o guitarrista da banda por um curto tempo.
Confesso que logo após essa notícia se oficializar uma incógnita rondou minha cabeça, e foi com muito anseio que esperei o lançamento de Dystopia, e para minha surpresa (e deleite) o disco ficou sensacional.
A banda mesmo antes do lançamento oficial do disco disponibilizou previamente uma “trindade” de faixas muito competentes: “The Threat is Real”, a autointitulada “Dystopia” e “Fatal Illusion”, todas dignas de aplausos e cobertas por uma aura totalmente inédita no grupo, muito disso devido a nova formação, que segundo o próprio Mustaine é a melhor em muito tempo.
https://www.youtube.com/watch?v=IYTg6c2J23s
Dystopia sem medo de ser feliz consegue dosar inteligentemente o espaço de suas novas “peças” (Kiko Loureiro e Chris Adler) isso pode ser notado em faixas como “Conquer or Die” e “Post American World” onde essa equação é muito bem resolvida.
O álbum consegue ser extremamente agressivo como na faixa “Lying in State” e ao mesmo tempo, quase que sem percebemos, totalmente melodioso como na sombria “Poisonous Shadows”, expandindo ainda seu espaço para um ótimo cover, “Foreign Policy” do FEAR.
Faixa a faixa Dystopia vai portando-se imponente, porem somente o tempo poderá nos dizer se ele se tornará um clássico da banda. Faixas como “Death From Within” e “The Emperor” não são comuns em se ouvir tratando-se de Megadeth, e isso engrandece o trabalho.
Sem sombras de dúvidas temos aqui um novo Megadeth, longe de ser totalmente Thrash, porem extremamente competente, Mustaine não mentiu quando disse que estava com um time e músicas fantásticas, pois Dystopia provou isso conseguindo se superar registrando na história do Metal mundial um disco mais que excelente.
Formação:
Dave Mustaine (vocais, guitarra)
David Ellefson (baixo)
Kiko Loureiro (guitarra)
Chris Adler (bateria)
Faixas:
The Threat Is Real
Dystopia
Fatal Illusion
Death From Within
Bullet To The Brain
Post-American World
Poisonous Shadows
Conquer… Or Die!
Lying In State
The Emperor
Foreign Policy
