Nos dias atuais, ainda é meio clichê criticar o Manowar, desde o visual, ou a postura que levam para dentro do Heavy Metal. E deram motivos para isso? Pode ser que sim. Mas o assunto não é esse, então vamos falar sobre o que realmente importa.
Em 1984, a banda lançou o seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Sign Of The Hammer”, e posso citar aqui algumas músicas que despertaram a minha curiosidade, dentre elas estão “All Men Play On Ten”, “Thor (Ter Powerhead)”, e “Guyana (Cult Of The Damned)”, e a primeira música que realmente me chamou a atenção foi a “Thor (The Powerhead)”.
A canção é interessante pois fala sobre o Deus Nórdico Thor, e que vem para destruir o mal que há no mundo, e os grandes inimigos dos Deuses. Notamos também que faz referência ao “Ragnarok”, que trás consigo a frase “viva para lutar no último dos dias”, na mitologia nórdica, o povo acreditava que, quando chegasse o fim do mundo, haveria uma guerra entre os Deuses e os gigantes para ver quem ficaria no controle. Ainda, segundo esse mesmo povo, obviamente os Deuses perderiam, e muitas mortes foram preditas antes mesmo de dar início a essa batalha; com tudo isso haveria chance, ainda que pequena, dos deuses lutarem pelo direito de controlar a Terra.
“Guyana (Cult of The Damned)”, chamou a atenção por ser uma música dramática, e um fato curioso é que esse é um dos poucos momentos que a banda deixa de lado as histórias envolvendo espadas e martelos, que são típicas de suas músicas, para executar essa, que é dramática e cruel, pois retrata um fato da vida real, ocorrido em 18 de novembro de 1978, em Jonestown Guiana: foi quando ocorreu o maior suicídio coletivo da história, liderado por Jim Jones, um pastor que pregava o cristianismo de cunho socialista; ao todo 918 pessoas perderam a vida nesse lamentável episódio.
A terceira música é “All Men Play On Ten”, é raro essa música ser executada pela banda, define o heavy metal em si, também trás um instrumental carregado e forte, o que é bem típico deles, e estaria como uma das minhas faixas preferidas.
“Animals”, “Sign of the hammer”, que é inclusive o nome do álbum, são duas músicas interessantes, a sonoridade contida agrada, e percebe-se que, ao cria-las, eles estavam inspirados.
A faixa “The Oath”, após uma longa pesquisa de campo, notei que foi feita em parceria com Ross The Boss, um excelente guitarrista, e que trouxe um brilho diferente, a simbologia contida é interessante.
A “Thunderpick (instrumental)”, nos mostra nitidamente a agilidade e habilidade de Joey de Maio, que é o baixista da banda, e não tem como deixar essa música de fora.
Agora finalizo falando sobre “Mountains”, o significado que há nela; enquanto a escutava me fez viajar, me levou a um estado de calma, tem-se a leve impressão de que se sente o ar, a brisa que vem das montanhas, citarei um trecho que eu gostei: “Eu estou na terra, eu estou no ar. Eu sou tudo, eu vivo nos corações dos homens”. Poderia até dar um outro significado a ela, mais o que posso dizer é que já é o suficiente para mexer com os sentimentos.
Portanto, eu gostei do álbum completo.
Formação:
Eric Adams (vocal);
Ross The Boss (guitarra);
Joey DeMaio (baixo);
Scott Columbus (R.I.P. 2011) (bateria).
Faixas:
01 – All Men Play on Ten
02 – Animals
03 – Thor (The Powerhead)
04 – Mountains
05 – Sign of the Hammer
06 – The Oath
07 – Thunderpick (instrumental)
08 – Guyana (Cult of the Damned)
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