Hoje falaremos de uma das bandas que mais dividem opiniões no mundo da música pesada, o Manowar. Com seu Heavy Metal tradicional com toques épicos do Power Metal, a banda tem um som característico que encanta alguns, os tornando fãs fervorosos que defendem a banda até o túmulo, já outros até curtem uma coisa ali, outra aqui, mas nunca se tornam fãs como os citados anteriormente, não tornando-os necessariamente haters, mas sim ouvintes ocasionais.
Por sorte, o álbum de qual falaremos hoje é um dos mais unanimes, com muitos não fãs reconhecendo que é um ótimo trabalho dos americanos. “Kings of Metal“, lançado em 18 de novembro de 1988, via Atlantic Records.
Riffs rápidos, com refrões sempre com um toque melódico e épico são apresentados logo de cara com “Wheels of Fire“, que abre brilhantemente o play, com uma pegada Thrash no seu riff. A clássica faixa-título é Judas Priest puro e traz uma pegada mais cadenciada que a anterior, com um refrão cheio de coros e pitadas de Hard Rock.
Uma balada é apresentada em “Heart of Steel“, mostrando um lado mais calmo e melódico da banda que ainda não havia sido explorado em álbuns anteriores. “Sting Of The Bumblebee” é um instrumental que mostra muita habilidade de Joey DeMaio no baixo. “The Crown and the Ring (Lament Of the Kings)” tem uma introdução sombria de um órgão que logo é acompanhado por uma orquestra, dando o tom épico já esperado. A faixa segue sem instrumentos elétricos, com um show vocal de Eric Adams.
Voltando ao estilo do clássico, “Kingdom Come” aparece com uma pegada mais cadenciada e com algumas viradas que lembram muito “In The Flesh?” do Pink Floyd, além de contar com um vocal agudo que lembra muito Van Halen. “Pleasure Slave“, censurada em vários países, inicia com gemidos de mulheres. O instrumental também é cadenciado na questão de velocidade, mas tem riffs ótimos que conduzem a faixa.
A favorita dos fãs chega em seguida, “Hail and Kill” tem uma intro épica que é seguida de uma lindíssima parte com um violão dedilhado acompanhando a ótima performance de Adams. Após isso as coisas aceleram e um ótimo riff pesado lidera a melodia. Seu refrão é um dos mais adorados nos shows e é ecoado por todos sempre nas performances da banda.
Caminhando para o final, temos um história contada de um avô para seu neto em “The Warrior’s Prayer“, que casa perfeitamente com a faixa final, “Blood of the Kings“, uma faixa épica que encerra brilhantemente o álbum. Uma pegada Power Metal, com riffs rápidos e passagens melódicas perfeitas.
A produção do álbum ajuda a audição ser memorável, somente com a bateria as vezes sendo um pouco baixa, mas nada que prejudique. Sem dúvidas o mais completo e bem trabalhado álbum do Manowar, não á à toa que se tornou o álbum mais aclamado e clássico dos caras. Só lembrando que esse foi o último álbum com Ross The Boss, sendo considerado o final da fase clássica da banda.
Para quem ainda tem preconceito com a banda ou não é lá tão chegado aos outros sons, dê uma chance ao álbum, não se arrependerá!
Manowar – Kings of Metal
Data de lançamento: 18 de novembro de 1988
Gravadora: Atlantic Records
Tracklist:
01. Wheels Of Fire
02. Kings Of Metal
03. Heart Of Steel
04. Sting Of The Bumblebee
05. The Crown And The Ring (Lament Of The Kings)
06. Kingdom Come
07. Pleasure Slave
08. Hail And Kill
09. The Warriors Prayer
10. Blood Of The Kings