O ano era 2012, e já se haviam passado 3 anos desde o lançamento do álbum “God & Guns” (2009). Exatamente no dia 2 de maio, o Lynyrd Skynyrd anunciou seu 13º álbum de estúdio “Last of a dyin’ breed”. O álbum chegou às lojas no dia 21 de agosto de 2012, sendo aclamado por crítica e público, alcançando o 14º lugar nas paradas da Billboard, tornando-se o álbum de maior sucesso da banda desde “Street Survivors” (1977).
“Last of a dyin’ breed” traz uma mudança na sua formação. Com a saída do baixista Robert Kearns, no começo daquele ano, a banda trouxe o ex-The Black Crowes Johnny Colt, muito embora este seja creditado, mas não aparecendo no álbum.
Novamente a produção ficou aos cuidados de Bob Marlette, trazendo originalmente 11 faixas, sendo que numa reedição foram incluídas mais 4 faixas.
O que temos aqui neste, que até o momento é o último álbum oficial do Lynyrd Skynyrd? Nenhuma reinvenção da roda, logicamente. Se em time que está ganhando não se mexe, em música que faz sucesso também não. Portanto, o álbum está totalmente imerso no universo histórico da banda, trazendo o já tradicional Southern Rock que se tornou a sua marca registrada, mesclando o som com pitadas de Country Rock e Hard Rock. Isso, por si só, já é uma garantia de se ouvir aquilo que o fã do LS espera ouvir.
O álbum abre com a faixa título, “Last of a dyin’ breed”, que foi o primeiro single lançado. A faixa é uma pancada na cara, rápida, quase Bluezy. Ótimo cartão de visitas e uma das melhores do play. “One day at a time” vem em seguida, outra grande canção, com uma levada mais cadenciada, quase uma balada, um lindo refrão, ao velho estilo Lynyrd Skynyrd, a minha preferida. “Homegrown”, a terceira faixa é mais pesada, puxada pro Metal Clássico. “Ready to fly” começa nos teclados, numa linda introdução. A bela voz de Johnny dá um toque especial a esta balada. “A faixa seguinte, “Mississippi Blood” é mais country, com direito a banjo e tudo. Tem uma ótima cadência, que faz você balançar, apesar de não ser tão intensa.
A sexta faixa, “Good teacher” é mais animada, com um riff bem interessante. “Something to live for” vem em seguida para acalmar os ânimos mais uma vez. Seria uma espécie de “Simple man”, musicalmente falando. Muito bonita. “Life’s twisted” é outra faixa mais levada pro lado Heavy, mais pesada e ritmada, com um grande refrão e guitarras nervosas. Outro destaque do play. “Nothing comes easy” tem um riff sensacional, até seguindo o padrão da antecessora, te provocando a cantar junto. Um destaque, sem dúvida. “Honey Hole” abaixa a adrenalina, por se tratar de uma semi-balada, que traz um curto, mas ótimo refrão. A última faixa regular do play atende pelo nome de “Start livin’ life again” e é conduzida por um dedilhado gostoso, bem country.
O álbum traz uma alternância quase meio a meio entre faixas mais animadas e mais calmas. Isso faz com que a audição não fique cansativa, o que é muito positivo. A edição especial que foi lançada traz mais 4 faixas. “Poor man’s dream” é uma boa faixa dançante, bem no estilo característico da banda. “Do it up right” é uma faixa bluezeira, que te pega pela mão e te convida pra entrar na dança. “Sad song” apesar de ter tristeza no título está longe de ser triste, com seu andamento bem animado. E por fim, a faixa Hard “Low down dirty” encerra nossa aventura sonora pelo mundo do Lynyrd Skynyrd, que desde os anos 60 e, sobrevivendo a um acidente aéreo, vem nos presenteando com ótimas e inesquecíveis canções de Southern Rock. Com um copo de whiskey ou mesmo uma cerveja gelada nas mãos, e apesar de já se terem passado 8 anos, desde seu último lançamento, o Lynyrd Skynyrd ainda está na estrada, oferecendo aos fãs um brinde eterno ao empoeirado, bom e velho Rock’n’Roll.