O ano era 1976. O Led Zeppelin vinha de cinco álbuns extremamente elogiados pela crítica e o sucesso explodindo na carreira da banda, porém vários problemas assombravam a banda, como problemas de saúde e acidentes – inclusive com um grave acidente de carro envolvendo o vocalista Robert Plant, que o fez ficar na cadeira de rodas durante um tempo.

Em meio a tudo isso, a banda preparava o seu sexto disco, que veio ao mundo em 31 de março de 1976 com o nome de “Presence”. Para muitos, o pior disco da carreira do Led Zeppelin, já outros o consideram mais um clássico da banda.

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Devido ao acidente citado acima, Plant gravou boa parte do disco na cadeira de rodas. Jimmy Page e John Bonham também não enfrentavam fase das melhores, apresentando problemas constantemente. John Paul Jones era o único que tentava manter as coisas ainda funcionando.

Bom, musicalmente o disco tem a qualidade já esperada da banda, com uma mescla de músicas mais curtas e outras um pouco mais longas. Começando com “Achilles Last Stand”, com seus mais de dez minutos, tem um tom moderno, um pouco diferente do que era apresentado antes. Ela acaba agradando, mas sua longa duração nos faz enjoar lá pelos sete minutos.

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“For Your Life” tem uma pegada de Blues, onde o destaque são os vocais de Plant e o solo estupendo de Jimmy Page, umas das melhores do disco.

O entrosamento da banda é muito claro e reforçado em “Royal Orleans”, que tem uma influência Funk e uma pegada mais solta. É a única com a assinatura de todos os integrantes na composição, além de ser a mais curta do álbum. “Nobody’s Fault But Mine” é uma das mais conhecidas do Play e é uma ótima faixa.

“Hots On For Nowhere” é mais Pop do que as outras faixas, não me agrada, mas não é uma faixa ruim, fica no meio termo. O mesmo para a anterior, “Candy Store Rock”. É uma boa faixa, mas não é marcante como várias outras da banda.

Um clima melancólico toma conta da audição com “Tea For One”, um Blues com total identidade do Led Zeppelin. Faixa ótima que encerra o álbum de forma brilhante, lembra bastante “Since I’ve Been Loving You”. Sua duração de nove minutos não se torna cansativa em momento algum, e salva muito a audição do álbum.

Enfim, “Presence” não tem o mesmo brilho de outros trabalhos, como por exemplo “Led Zeppelin II” e “Led Zeppelin IV”, mas até que consegue ter seus pontos altos, não é tão marcante por não ter músicas cativantes, talvez “Tea For One” seja a mais próxima disso. Talvez todos os ocorridos da época tenham influenciado para que o álbum tenha sido um pouco menos caprichado do que o normal que a banda fazia, mas de todo modo a genialidade estava ali, junto a um grande sincronismo dos músicos. Escute sem medo e sem comparações com outros trabalhos.

Formação:
Robert Plant (vocal);
Jimmy Page (guitarra);
John Paul Jones (baixo);
John Bonhan (bateria).

Faixas:
01 – Achilles Last Stand
02 – For Your Life
03 – Royal Orleans
04 – Nobody’s Fault But Mine
05 – Candy Store Rock
06 – Hots On For Nowhere
07 – Tea For One

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