Depois da qualidade absurda que o Krisiun apresentou em “Southern Storm” (2008), uma indagação certamente permaneceu na mente dos fãs: afinal de contas, a banda conseguiria superar a qualidade técnica desse trabalho num futuro lançamento? Depois de três anos, enfim, a resposta.
Lançado precisamente em 31 de outubro de 2011, e tendo novamente o produtor Andy Classen à frente da mesa de som, o Krisiun conseguiu o feito de sim, melhorar o que já era ótimo. Ao longo de pouco mais de uma hora de duração, “The Great Execution” traz uma proposta de certo modo mais cadenciada em relação à trabalhos passados, mas com uma dose extra de peso, melodia, riffs certeiros e uma técnica absurda, principalmente de Max Kolesne.
Quando digo que a banda está mais cadenciada, isto está longe de significar que o Krisiun pisou de vez no freio. Na verdade, eles trouxeram novos elementos mais bem trabalhados à parede sonora de antes, o que de certa forma, afetou na longa duração do álbum. Posso até afirmar que temos dessa maneira um trabalho 100% perfeito e bem dosado.
De cara é perceptível, em uma análise individual das faixas, a desenvoltura de cada uma delas. Os riffs de Moyses Kolesne estão de certa forma mais diretos e acessíveis, bem como praticamente todos os solos se apresentam praticamente perfeitos. Outro detalhe que chama a atenção é a constante variação entre trechos menos e mais velozes. Isso trouxe uma nuance bastante interessante ao CD. As linhas de baixo de Alex Camargo continuam soberbas, bem como nos vocais, que estão mais inteligíveis e caprichados. E o que dizer de Max Kolesne? É impressionante a técnica imposta pelo músico. Sem dúvidas, o cara continua sendo um monstro (no bom sentido da coisa) e é um dos melhores do mundo nessa proposta extrema.
“The Great Execution” ainda traz uma grata surpresa: ninguém menos que João Gordo dá o ar da graça na faixa “Extinção Em Massa”. Pelas características de João, é uma faixa diferente das demais, incorporando alguns elementos de Hardcore, mas sem deixar a brutalidade e a técnica de lado. Sem comentários.
E a gravadora Laser Company ainda contempla os fãs brasileiros com a regravação da faixa “Black Force Domain”, um dos maiores clássicos da banda. E fica aqui uma reflexão: com uma discografia repleta de obras acima da média, o Krisiun não tinha a obrigação de provar mais nada. Porém, conseguiram produzir um álbum coeso, poderoso e que é obrigatório para todo fã da música extrema. Com toda a certeza, é um orgulho nacional.
Formação:
Alex Camargo (vocal e baixo);
Moyses Koslene (guitarra);
Max Koslene (bateria).
Faixas:
01 – The Will To Potency
02 – Blood of Lions
03 – The Great Execution
04 – Descending Abomination
05 – The Extremist
06 – The Sword of Orion
07 – Violentia Gladiatore
08 – Rise and Confront
09 – Extinção Em Massa (participação de João Gordo)
10 – Shadows of Betrayal
11 – Black Force Domain (Bonus Track)
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10/10