“Ageless Venomous” é o quarto álbum de estúdio do Krisiun, lançado em agosto de 2001. Aqui, a banda apresenta sua brutalidade de sempre, agora, com uma produção cristalina.
Depois de uma série de gravações no exterior, a banda decidiu registrar o novo álbum no Creative Studios, em São Paulo, e a produção foi de Tchelo Martins (Abhorrence, Monstrosity). “Ageless Venemous” foi bastante criticado na época. Fãs diziam que a banda havia descaracterizado o seu som e a maior cadência no andamento das músicas só reforçava os motivos das críticas.
A gravação limpa tornava possível identificar claramente todos os mínimos detalhes da técnica instrumental da banda e após uma breve introdução, “Perpetuation”, destroça os ouvidos desavisados com o peso e a velocidade de sempre. Max Kolesne solta riffs que deixa marca, impossível ouvir e não saber que é o Krisiun. “Dawn of Flagellation” inicia com a já citada cadencia pra depois mostrar uma explosão de riffs de assombrar, o “sobrenatural” Moyses é sem dúvida o grande destaque. O solo é aquele festival de guinchos entremeados por alguma melodia mais tímida, e o peso geral impressiona! Musica perfeita que se tornaria referência na carreira do Krisiun.
O álbum segue com uma seqüência de clássicos congênitos, com “Ageless Venomous”, “Evil Gods Havoc”, “Eyes of Eternal Scourge” e “Saviour’s Blood”. As instrumentais “Serpents Specters” e “Diableros” chamam atenção, “Sepulchral Oath” é a desgraça derradeira, e traz guitarras tétricas, pesadas e velozes. Aqui, o batera Max não se esforça nem um pouco para amenizar sua levada estilo “metralhadora desgovernada”. Alex segura bem as pontas com seu baixo distorcido “no talo”, e urra feito um urso raivoso.
As mudanças de andamento e produção foram mais que necessário para que a banda não ficasse se repetindo a cada lançamento, e “Ageless Venomous” foi a confirmação disso.
Esse foi o primeiro álbum do Krisiun que eu ouvi e a primeira impressão foi impactante. Eu me tornava ali fã incondicional dessa banda.
Formação:
Alex Camargo (vocal e baixo);
Moyses Kolesne (guitarra);
Max Kolesne (bateria).
Faixas:
01 – Perpetuation
02 – Dawn of Flagellation
03 – Ageless Venomous
04 – Evil Gods Havoc
05 – Eyes of Eternal Scourge
06 – Saviour’s Blood
07 – Serpents Spectres
08 – Ravenous Hordes
09 – Diableros
10 – Sepulchral Oath
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9/10