Roadie Metal Cronologia: Kiss – Peter Criss (1978)

Álbum solo do (então) baterista do Kiss, este faz parte da série de quatro álbum realizados individualmente pelos membros da banda. Curiosamente, este foi o único que não teve nenhum single. Vamos ouvi-lo e degustá-lo juntos agora!

Começamos com “I´m Gonna Love You”, canção que traz a típica fórmula Kiss de compor, com tudo o que você já estava acostumado desde que a banda se entende por banda. O destaque fica por conta das intervenções de metais, o que torna a faixa bem interessante, encobrindo o refrão bem mais ou menos que foi aplicado aqui. A música foi salva pela harmonia, pois a letra demonstra-se bem fraca.

Impossível é não se deixar envolver pela linha de baixo de “You Matter to Me”, que foi muitíssimo bem construída, bastante grooveada e envenenada de suingue, a linha praticamente dita o que os outros instrumentos devem fazer, sem admitir questionamentos. Os vocais também dão seu show à parte, com divisões de vozes bem feitas.

“Tossin na Turnin” é uma daquelas que você pode levar pro churrascão da firma sem medo de mandarem tirar essa “música de doido”, é o tipo de música que soa Rock and Roll sem parecer agressiva, mesmo preservando muitos dos elementos que lhe são essenciais. Mais uma vez, com uma excelente intervenção de instrumento de sopro, que solo!

Agora, só por um momento, imagine que a banda que acompanhava o Raul Seixas foi convidada pra gravar a harmonia de “Don´t You Let Me Down” e ainda levou o produtor junto só pra essa faixa. Pronto! Não há nada mais a dizer sobre, exceto que essa canção é linda! Dedique-a à sua senhora e seja feliz.

Pegue sua moto, bote os benditos fones, e vá viajar ouvindo esse shufle maravilhoso ditado pela bateria de “That´s the Kind of Sugar Papa Likes”! E os vocais estão do jeito que o diabo gosta! Além de um refrão (finalmente) viciante e mais destaque à guitarra.

“Easy Thing”, tem o poder de fazer um homem ponderar se a gente chora mesmo ou não. Na dúvida, vá ligar o chuveiro e pode tomar seu banho em posição fetal, que não faz vergonha não, viu? Porque dessa vez o homem acertou, instrumental perfeito, letra “rasga-coração” e o timbre da bateria lindamente escolhido, além do violão maravilhosamente bem equalizado e harmonia advinda dos deuses.

“Rock Me Baby” é uma das poucas dentro do álbum que não traz praticamente nada de grande coisa, é dançante? É sim, mas nada além. É mais do mesmo e não valeu a pena os minutos que gastei ouvindo.

Após essa perda de tempo, havia de ter uma redenção! “Kiss the Girl Goodbye” se assemelha com algo dos Beatles que não consigo lembrar no momento, mas fora isso, está tudo lindo, desde a letra até o violão acompanhado por uma singela pandeirola, preenchido pelo belo vocal de Peter, que demonstra-se mais e mais como o homem das baladas.

“Hooked on Rock and Roll”, pode ser facilmente adicionada àquela outra faixa que lhe falei pra levar pro churrascão! Música bonita, música bem-feita, música formosa! É contagiante do início ao fim e não faz vergonha botar pra sua mãe ouvir.

Surpreendente é a quantidade de timbres vocais que Peter consegue e como eles se adaptam bem ao que a canção em questão se propõe a passar. A audição é encerrada aqui com “I Can´t Stop the Rain”, balada lindamente escrita, gravada e executada pra coroar um álbum com seus momentos fracos, mas que de forma alguma pode passar desapercebido!

Músicos:
Peter Criss (vocal e bateria);
Art Munson (guitarra);
James Moore (guitarra);
Stan Penridge (guitarra);
Neil Jason (baixo);
Michael Carnahan (saxofone);
Allan Schwartzberg (bateria – 06, 07 e 10);
William Orr (teclado, piano, melotron e sintetizadores)

Faixas:
01. I’m Gonna Love You
02. You Matter To Me
03. Tossin’ And Turnin’
04. Don’t You Let Me Down
05. That’s The Kind Of Sugar Papa Likes
06. Easy Thing
07. Rock Me, Baby
08. Kiss The Girl Goodbye
09. Hooked On Rock N’ Roll
10. I Can’t Stop The Rain

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