Escrever para o Cronologia Roadie Metal nos dá a oportunidade de poder expressar opinião sobre álbuns e bandas das quais, algumas vezes nem conhecemos. Outras, escrever sobre bandas bastante conhecidas. Mas dessa vez, escrever neste espaço, tenho a oportunidade de falar sobre uma das bandas que tem u lugar mais do que especial no meu coraçãozinho headbanger. Ninguém mais ninguém menos do que a banda mais quente do mundo, a maior banda de rock de todos os tempos KISS! E não apenas escrever sobre o grupo, mas também sobre um dos álbuns que mais ouvi na vida e que estão entre os meus discos preferidos de todos os tempos. DESTROYER, lançado em 1976 (coincidentemente o mesmo ano do meu nascimento) é um daqueles trabalhos seminais que uma banda lança e que atravessa as décadas mantendo toda importância e relevância que sua musicalidade e personalidade possuem.

Apenas quero deixar claro que aqui, não trarei informações técnicas, curiosidades “extras” ou qualquer outra coisa que não se refira à música espetacular presente neste atemporal trabalho. Até mesmo porque, mesmo que isso seja a regra, o que trago aqui é minha visão/opinião de fã da banda. A imparcialidade aqui passou bem longe…

Após três álbuns de estúdio ( KISS, HOTTER THAN HELL e DRESSED TO KILL), que apesar da inegável qualidade, não haviam conquistado ainda o público, o KISS lançou ALIVE!, um álbum duplo ao vivo que caiu de vez nas graças dos fãs. Com um aumento de popularidade, o grupo resolveu apostar em um trabalho diferençado, bem diferente do que a banda havia apresentado anteriormente. Deixando um pouco de lado as composições mais simples (mas sensacionais) dos primeiros trabalhos, DESTROYER trouxe inovações á sonoridade do quarteto mascarado. Paul Stanley (vocal e guitarra), Ace Frehley (guitarra), Gene Simmons (baixo e vocal) e Peter Criss (bateria e vocal), colocaram na cabeça que iriam superar a s expectativas. E, com toda a certeza do mundo, eles conseguiram…

Começando pela escolha do produtor. O grupo chamou Bob Ezrin, renomado produtor que já havia trabalhado com nomes do porte do Led Zeppelin, Alice Cooper, Pink Floyd, Jimi Hendrix… Ou seja, alguém reconhecido e de grande capacidade. Se era inovação que a banda procurava, ela acabou encontrando. Em pouco mis de 30 minutos, corais, vozes infantis, orquestrações, arranjos mais complexos e até mesmo a participação de uma orquestra (no caso a Orquestra Filarmônica de Nova Iorque), elevaram o nível da música do Kiss á outro patamar. Se os quatro mascarados foram reconhecidos pelas performances incendiárias por causa de Alive!, era hora do público conhecer o que mais a banda tinha a oferecer em termos musicais.

O álbum inicia com a poderosa “Detroit Rock City”. Clássica desde seus acordes iniciais, a música se tornou presença constante nas apresentações da banda depois de seu lançamento. A bateria de Peter Criss, numa batida continua, aliada ao peso do baixo de Gene Simmons, o encontro perfeito da base proporcionada por Paul Stanley e do solo espetacular de Ace Frehley (provavelmente um dos melhores solos da carreira do Ás do Espaço). Tudo isso e mais um refrão inesquecível, fazem dessa uma das mais emblemáticas músicas da carreira do grupo. Na seqüência, outra grande música. “King of the Night Time World” onde as guitarras e o baixo de Gene Simmons se destacam e que conta também com um refrão contagiante. E o que dizer de “God of Thunder”? O baixo pulsante, as vozes de crianças ao fundo e o clima sombrio e macabro da música são de arrepiar! Quem nunca viu na Tv, na Internet, em um dvd, onde for, a performance “endiabrada” de Gene Simmons ao vivo? E a cuspida de sangue falso? Quem assistiu ao vivo, garanto que jamais esquecerá… Como estamos falando de um clássico, temos pianos e orquestrações em “Great Expectations”. Uma música um tanto quanto diferente do que a banda estava acostumada a apresentar. Além disso, a participação de um coral dá um charme extra á composição.

A Alegre e divertida “Flaming Youth” dá uma revigorada e tem um pouco do “bom e velho” KISS de antigamente. Sem ser muito reconhecida pelo próprio grupo, a faixa conta com um carinho especial por parte dos fãs. Ace volta a brilhar em “Sweet Pain”, uma faixa mais alto astral com a pegada das primeiras faixas do trabalho. E então, eis que um dos solos mais memoráveis da histórica do rock surge. Falo da espetacular “Shout it Out Loud”. Que música, meus amigos! Com uma bela estrutura e um refrão inesquecível (impossível não sair cantarolando logo após a primeira audição – que o diga a minha filha), a faixa também é presença obrigatória no setlist dos shows. Logo após, outra faixa excepcional. “Beth”, cantada pelo baterista Peter Criss é uma balada muito bonita, onde a adição de piano e violino fazem a diferença. Com uma bela melodia e uma interpretação inspirada do baterista/vocalista, Beth quase não entrou no disco, visto a diferença de estrutura que ela apresentava em relação ás outras faixas. E não é que a banda estava enganada? A música se tornou um estrondoso sucesso, levando o grupo a tocar em muitas rádios que antes abominavam o som da banda. E no encerramento, mais uma grande composição. “Do You Love Me?” apresenta um refrão simples e fácil, além de uma linha de baixo bem marcante. Um encerramento digno de um clássico!

A capa de Destroyer ficou sob a responsabilidade de Ken Kelly e foi copiada, plagiada e “homenageada” muitas vezes nestes 40 anos. Não lembra de nenhuma? Bom, citarei apenas Fighting the World do Manowar… Após Destroyer, o grupo partiu pra sua primeira tour européia e o mundo tornou-se pequeno para os mascarados. O álbum conquistou discos de platina e segue vendendo bem até hoje. Em 2012, a banda resolveu lançar Destroyer Ressurected, em homenagem aos 35 anos de seu lançamento.

Um trabalho que hoje, com mais de 40 anos, continua fundamental e atual. Obrigatório pra todo e qualquer fã de Rock.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL15ty5GYCv5sHK-s-vzB7v9cazY4_uyQT

Faixas

01 – Detroit Rock City
02 – King of the Nght Time World
03 – God of Thunder
04 – Great Expectations
05 – Flaming Youth
06 – Sweet Pain
07 – Shout it Ot Loud
08 – Beth
09 – Do You Love Me?

Formação

Gene Simmons – Baixo e Vocal
Paul Stanley – Vocal e Guitarra
Ace Frehley – Guitarra
Peter Criss – Bateria e Vocal

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