O décimo primeiro álbum de estúdio do Kataklysm, foi gravado e lançado em 2013 (pela Nuclear Blast),  mostra que o grupo, se por um lado, não trazia na da de novo, por outro, seguia firme em seu propósito de aliar o lado mais brutal e agressivo do Death Metal a momentos mais melódicos. Eu, particularmente, nunca classifiquei a banda como Death Metal Melódico, mas é inegável que as melodias inseridas pelo quarteto acabam por diferenciá-los dentro do competitivo, e porquê não dizer, às vezes repetitivo cenário.

Maurício Iacono (vocal), Jean-François Dagenais (guitarra), Stephane Barbe (baixo) e Oli Beaudoin (bateria), trazem 11 faixas bem estruturadas e como dito anteriormente, bastante pesadas e brutais. Os vocais de Maurício continuam sendo um dos grandes destaques do grupo pois foge daquela linha gutural mais simples, explorando linhas bem mais rasgadas e que acabam soando mais agressivas que o habitual. Já o guitarrista Jean-François segue como a força motriz da banda,  com riffs técnicos e cheios de fúria. A cozinha também merece destaque, seja pela linha “gorda” do baixo de Stephane, seja pela pegada pesada e intensa do baterista Oli. Ou seja, a banda, neste trabalho, continuou coesa e entrosada, mostrando a sua relevância no cenário.

Das faixas presentes em “Waiting For The End To Come”, podemos destacar “Fire”, que abre o play de forma bem agressiva. Com um início introspectivo, a composição ganha peso e intensidade durante sua execução. A bateria se destaca, com viradas muito bem encaixadas, enquanto Maurício alterna seu vocal (ora mais gutural, ora mais rasgado) de forma consistente. Assim como “If I Was God… I’d Burn It All” (título sensacional, não acham?). A guitarra navega com facilidade pelo Death/Thrash e até mesmo, pelo Metal Tradicional, como podemos perceber em alguns momentos, mostrando a versatilidade do guitarrista. Outro bons momentos do álbum são as faixas “Like Animals” (muito pesada!), “Under Lawless Skies” (Death Metal técnico e com linhas melódicas), “Dead & Buried” (outro momento que alia de forma sublime agressividade e melodia), “Real Blood, Real Scars” (Metal da Morte puro) e “The Promise” (com riffs inspirados).

Se firmando cada vez mais como um dos grandes nomes do estilo, os canadenses souberam manter suas características e ao mesmo tempo, se mostraram atuais, tendo na produção Zeuss. Uma sonoridade que soube manter o peso da música do grupo deixando tudo muito “limpo”. O Kataklysm merece todo o respeito e reconhecimento que conquistaram ao longo de sua carreira. E os álbuns que vieram na sequência, corroboram esse pensamento!

Formação:
Maurizio Iacono (vocal e letras);
Jean-François Dagenais (guitarras);
Stéphane Barbe (baixo);
Oli Beaudoin (bateria)

Faixas:
01. Fire
02. If I Was God… I’d Burn It All
03. Like Animals
04. Kill The Elite
05. Under Lawless Skies
06. Dead & Buried
07. The Darkest Days of Slumber
08. Real Blood, Real Scars
09. The Promise
10. Empire of Dust
11. Elevate

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