Dando sequência à nossa Cronologia ROADIE METAL, temos aqui “The Prophecy (Stigmata of the Immaculate)”, o quarto álbum da carreira dos canadenses do KATAKLYSM, conhecidos na cena como “northern hyperblast“. Lançado em 17 de abril de 2000 via “Nuclear Blast”, gravado no “Victor Studio“, em Quebéc, Canadá e foi produzido do guitarrista Jean-François Dagenais.
Este é o segundo registro com o outrora baixista, Maurizio Iacono nos vocais, que se mantém até hoje nesta função.
“1999:6661:2000” é a faixa que abre o álbum. E aqui temos um início avassalador, com os insanos blast beats de Max Duhamel. Uma boa música
“Manifestation” dá sequência ao álbum e se mostra uma música mais complexa, com mudanças interessantes de andamento, mas de vez em quando. Temos a participação especial de Rob “The Wich” Tremblay (NECRONOMICON) nos vocais.
“Stormland” mantém a pancadaria do álbum em alta e aqui você não dá sossego ao seu pescoço.
“Breeding The Everlasting” Começa com um andamento mais devagar, mas depois tudo volta ao normal, descambando para o Death Metal mais violento e com Max Duhamel tomando as rédeas de tudo.
“Laments of Fear and Despair” se destaca pelos riffs e peso das guitarras, além do solo, muito bem elaborado. Esta faixa conta com a participação de Mike DiSalvo (ex-CRYPTOSY) nos vocais.
“Astral Empire” tem uma intro épica e aqui os vocais rasgados de Iacono lembram e muito aos vocais de Black Metal. Uma música bem estruturada com mudanças de andamento bem pontuais e que não descaracterizam a música.
“Gateway to Extinction” dá uma boa amostra da capacidade de composição dos músicos, bem como a variação dos vocais de Iacono, que ora aparece rasgado, ora aparece grave. E claro, a metranca de Max Duhamel mostrando “quem é que manda” por aqui.
“Machiavellian” se mostra como a melhor composição deste álbum. Ela começa com linhas melódicas bastante interessantes, com mudanças para riffs extremamente pesados e descambando para o Death Metal tudo por “culpa” de Duhamel e sua bateria ultra-veloz, com o final voltando à parte melódica. O ouvinte desavisado pode achar que está escutando CHILDREN OF BODOM.
“The Renaissance” e seus oito minutos encerram bem este álbum. Podemos dizer que ela é “semi-instrumental”, pois a letra se resume a uma frase (We live and die/reborn through renaissance) que é proferida por Iacono algumas poucas vezes. Os músicos aqui se superaram na criatividade da composição, com partes atmosféricas, pesadas e de vez em quando tudo descamba para o Death Metal. o baixista Stéfane Barbe se destaca nesta música, que tem um final bastante inusitado.
Apesar de este disco ser apontado como mudança nos horizontes da banda, eu ainda vejo muita crueza na gravação, o que eu credito na produção e na timbragem da guitarra, que não foram 100%. Digo isso pois os primeiros discos do KATAKLYSM que escutei foram os mais recentes e considerando que os caras mudaram consideravelmente o estilo, porém, as últimas obras da banda tem produções impecáveis. Embora “The Prophecy (The Stigmata of the Immaculate)” não seja um primor de produção, as composições tem um valor e acabam compensando, além de mostrar o caminho que a banda passaria a tomar, vindo a se destacar como uma das grandes bandas do chamado “Technical Death Metal”. Indispensável para quem gosta de Death Metal mais cru.
Formação:
Maurizio Iacono – vocal
Jean-François Dagenais – guitarra
Stéphane Barbe – baixo
Max Duhamel – bateria
Tracklist:
01 – 1999:6661:2000
02 –Manifestation
03 – Stormland
04 – Breeding the Everlasting
05 – Laments of Fear And Despair
06 – Astral Empire
07 – Gateway to Extinction
08 – Machiavellian
09 – The Renaissance
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6.5/10