Não vou mentir, quando alguém me fala do Kansas, dois nomes surgem em minha cabeça: “Carry on Wayward Son” e “Dust in the Wind”. Nada mais injusto em se tratando de uma banda com quase 50 anos de carreira e 16 álbuns de estúdio. “The Prelude Implicit” é o 15º trabalho de estúdio da banda e veio após um hiato de nada menos que 16 anos, marcando assim um retorno que era ansiado pelos fãs.
Poderíamos imaginar que o Kansas já estaria entrando em campo com o jogo já ganho, mas as coisas não eram bem assim. A formação original da banda, que havia gravado o álbum anterior em 2000, havia tido baixas, já que o vocalista Steve Walsh e o guitarrista e tecladista Kerry Livgren. Os mesmos foram substituídos por Ronnie Platt (vocal), Zak Rizvi (guitarra) e David Manion (teclado). Sendo assim, a situação não era tão simples, já que precisavam mostrar que mesmo sem membros originais tão importantes, eram capazes de apresentar um material de qualidade.
Uma das principais características do Kansas em sua carreira é a capacidade de mesclar Progressivo, guitarras pesadas e melodias mais comerciais oriundas do AOR. Aqui isso não é muito diferente, apesar de em alguns momentos o lado mais acessível falar um pouco mais alto que em trabalhos anteriores. Sendo assim, não é exagero dizer que The Prelude Implicit é um álbum feito na medida para os fãs da banda. Destaques ficam para as ótimas “Visibility Zero”, “Rhythm in the Spirit”, a balada “Refugee” e “Summer”.