Roadie Metal Cronologia: Kamelot – Haven (2015)

Haven (2015) é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda americana de Power Metal chamada Kamelot. O lançamento mundial do trabalho foi dia 08 de maio de 2015 e a lançamento na América do Norte foi dia 05 de maio do mesmo ano.

O álbum foi produzido por Sascha Paeth e masterizado por Jacob Hansen. Já a capa e a arte ficaram por conta de Stefan Heilemann e as artes adicionais ficaram por conta de Gustavo Sazes. Este foi o primeiro álbum com a Napalm Records. Este é o último álbum de estúdio que contou com Casey Grillo na bateria.

O trabalho geral da banda recebe fortes influências de Metal Progressivo e Metal Sinfônico em sua sonoridade, agregando peso e novas nuances ao estilo da banda. Haven (2015), porém, foi o álbum que trouxe de volta à banda a sonoridade clássica que a banda tinha nos primeiros álbuns. Aqui Kamelot deixou um pouco de lado as sinfonias e as melancolias dos trabalhos anteriores.

Quando o antigo vocalista Roy Khan deixou a banda, Thomas Youngblood (fundador da banda) decidiu não desistir e continuou com a turnê de Poetry For The Poisoned. Sabia que não podia desistir do trabalho que lutou tanto para erguer, então foi à procura de alguém que estivesse disposto a assumir os vocais e trabalhar de forma integral. Encontrou em Tommy Karevik esta pessoa e assim saiu o álbum Silverthonr (2012). O trabalho foi bem recebido pelos fãs e permitiu que a banda continuasse seus trabalhos sem maiores problemas.

O álbum Haven (2015) foi importante para recolocar o Kamelot nos holofotes do mainstream do gênero musical. A banda havia atingido tal feito com o álbum Epica (2003), mas estes problemas com o antigo vocalista poderiam ter atrapalhado todos os planos da banda.

Como já foi dito, em Haven (2015) há um afastamento moderado do estilo sinfônico, digo isto se comparado a trabalhos anteriores onde a banda usou e abusou do estilo em seu trabalho.

Abaixo comentarei sobre algumas faixas que considero destaques no álbum Haven (2015).

A faixa de abertura, Fallen Star, já demonstra isso: o foco aqui é mais no vocal do que no instrumental sinfônico, presente em outros trabalhos. Claro, a banda não abandonou o estilo de uma vez, apenas não o colocou tão em evidencia como já fizera anteriormente e ouvir a primeira faixa aqui deixa isso claro.

Em Under Grey Skies, por exemplo, vemos uma balada cantada a duas vozes (Troy Donockley do Nightwish divide os vocais com Tommy Karevik). Aqui temos uma faixa de maior calmaria, mas que aumenta sua intensidade ao decorrer da música, apresentando ótimo arranjo instrumental, um bom solo de guitarra, mas o que se destaca mesmo é o trabalho bem feito das vozes.

A faixa seguinte é My Therapy, onde a agressividade volta à tona, com ótimo trabalho de guitarra. O arranjo do refrão é muito bem colocado, com ótima melodia e a letra da música é muito boa. O videoclipe da faixa é bem interessante e ilustra bem a sensação que a música passa.

Liar Liar (Wastelan Monarchy) já é uma obra de Power Metal em sua definição mais visceral: bateria pesada, boa melodia (principalmente no refrão), boa interpretação vocal cheia de nuances distintas, guitarras e teclados fechando bem a sonoridade da faixa. De qualquer forma, o destaque aqui é da bateria, que cadencia as nuances da faixa e permitem que a música seja muito bem conduzida. Mais uma faixa que apresenta um ótimo videoclipe que ilustra bem a mensagem da música. Chego a arriscar que esta seja a melhor faixa do trabalho.

Mesmo sendo um trabalho recente, é fácil notar que o álbum se juntará aos clássicos da banda como Ghost Opera (2007), Epica (2003) e Karma (2001). Claro que para isto, os fãs mais antigos precisam abandonar aquele saudosismo e reconhecer a importância e a qualidade dos trabalhos mais recentes; neste caso, de Haven (2015).

O vocalista Tommy Karevik aqui está mais à vontade em sua performance vocal, podendo apresentar tudo o que tem de melhor dentro de seu trabalho. Isto somado ao ótimo trabalho de composição de Thomas Youngblood e uma bateria impecável de Casey Grillo temos um trabalho que ressalta as características que colocaram a banda como importante na cena do Power Metal. Trazer esta sonoridade mais próxima das raízes foi a escolha certa para o Kamelot trabalhar em Haven (2015).

Haven – Kamelot
Lançamento: 08 de maio de 2015
Gravadora:  Napalm Records

Faixas:

01. Fallen Star
02. Insomnia
03. Citizen Zero
04. Veil of Elysium
05. Under Grey Skies
06. My Therapy
07. Ecclesia
08. Endo f Innocence
09. Beaultiful Apocalypse
10. Liar Liar (Wasteland Monarchy)
11. Here’s to the Fall
12. Revolution
13. Haven

Edição Japonesa

14. The Ties That Blind

Formação:

Thomas Youngblood nas guitarras principais e vocais de apoio
Casey Grillo bateria e percussão
Tommy Karevik nos vocais
Sean Tibbets no baixo
Oliver Palotai nos Teclados e arranjos orquestrais

Músicos Convidados

Alissa White-Gluz (Arch Enemy) vocais femininos em Liar Liar (Wasteland Monarchy)
Troy Donockley (Nightwish) em Under Geay Skies
Charlotte Wesseis (Delain) vocais femininos em Under Grey Skies

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