Após o sucesso do álbum anterior, e a volta de Bruce Dickinson e Adrian Smith à banda fez com que toda a popularidade se voltasse à “Donzela de Ferro” que agora encarava o desafio de produzir seu segundo disco como sexteto, o 13º de sua carreira. O trabalho recebeu disco de ouro em diversos países da Europa e América do Sul.

“Dance of Death” foram o título e a temática escolhidos para este novo trabalho, inspirado na “Danse Macabre” uma alegoria a respeito da universalidade da morte. O disco também é o primeiro a contar com o baterista Nicko Mcbrain como co-autor de uma de suas faixas, “New Frontier”.

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A capa para este trabalho ficou a cargo de David Patchett, conhecido por seu trabalho com a banda Cathedral, que realizou um belo trabalho mostrando a mascote da banda, Eddie como um ceifador e a sua volta os personagens realizando a “Dance Macabre” apesar do belo trabalho muitos fãs torceram o nariz pela arte totalmente digital.

“Dance of Death” é uma continuação natural de Brave New World, porém com a banda se concentrando mais na estrutura de “canção” de suas composições. O disco abre com a já tradicional faixa mais rápida, “ Wildest Dreams” uma típica música de arena para o publico cantar junto, que desemboca em “Rainmaker” canção que traz uma das mais belas letras já feitas pela banda, os riffs bem sacados de Murray conduzem toda a música.

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“No More Lies” traz a assinatura de Harris, uma bela e longa canção que vai crescendo até seu refrão, numa estrutura de música que o Iron usará em seus futuros álbuns, as diferentes nuances do vocal de Dickinson e o refrão fácil, colam a música no ouvido.  “Montsegur” é a mais pesada do disco, com sua construção lembrando “The Fallen Angel” do álbum anterior, aqui Gers se destaca variando bases e riffs, com certeza a melhor performance de Dickinson neste trabalho.
A faixa título “Dance of Death” é uma parceria entre Gers e Harris, é a faixa mais longa do álbum, na típica construção “maideniana” de variação de velocidades e belos duetos de guitarras. “Gates of Tomorrow” traz algo de AC/DC em seu riff inicial, com destaque para Harris e mais uma vez o trio de guitarras gêmeas comanda o show. “New Frontier” pula nos falantes com suas bases de guitarra poderosas, numa música direta e que carrega um dos refrãos mais legais do disco, a parada no meio da música é algo sensacional.
“Paschendale” e “Face in the Sand” tem estruturas parecidas, são as canções temáticas que se esperam do Maiden  em riffs que remetem à temática das letras em canções mais introspectivas.

“Age of Innocence” de Murray/Harris se destaca por sua estrutura um pouco diferente tanto nas bases como na melodia vocal, a canção onde a banda tenha mais experimentado texturas diferentes neste trabalho. “Journey Man” com sua bonita estrutura orquestrada, nos mostra também o belo trabalho de Harris nos teclados, passagens acústicas dão textura à música nesta estrutura progressiva que é uma aposta da nova fase da banda, mais uma vez a interpretação de Dickinson é um diferencial.

Com Dance of Death o Iron Maiden solidifica sua nova formação para os anos vindouros mostrando que a banda ainda possui conteúdo a mostrar, se desafia em sua música e sobretudo ainda respeita seus fãs como poucos grupos demonstraram em sua trajetória!

https://www.youtube.com/watch?v=MyvGQ1qoB_s

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