No clássico filme “Superman” lançado ali no finalzinho dos 70’s, há uma cena onde o Homem de Aço está em sua Fortaleza da Solidão, e ao conversar com o espectro de seu já falecido pai, ouve uma celébre frase: “o filho torna-se o pai, e o pai torna-se o filho”. Foi justamente essa frase que me veio a cabeça ao ou vir o 12º trabalho dos suecos do In Flames, e vou tentar explicar nas linhas que seguem.
Não sou um profundo conhecedor da carreira dos caras, mas sei bem que a banda iniciou abordando uma proposta musical calçada no tal Death Metal Melódico. Proposta musical essa que em alguns anos mais tarde serviu de influência para um milhão de bandas seguirem e emplacar o chamado Metalcore. Sendo bem sincero, o que percebi em “Battles” foi justamente o In Flames influenciado pelo som que ele moldou. Ou seja, “o filho torna-se o pai, e o pai torna-se o filho”.
O álbum foi gravado entre fevereiro e abril de 2016 e chegou nas prateleiras no dia 11 de novembro daquele ano, via Nuclear Blast e Eleven Seven. A produção ficou a cargo de Howard Benson, onde para a abordagem musical que a banda buscava, afirmo que ficou na média exata. Foi também o 1º trabalho a contar com Joe Rickard nas baquetas e o último com o baixista Peter Iwers.
Acho válido lembrar que já em “Siren Charms” (2014) a banda já em nada lembrava seus primórdios. Os motivos pelos quais a banda resolveu sepultar seu antigo som provavelmente somente seus integrantes serão capazes de responder. Então é aquela coisa. Se você considerar o In Flames como uma banda de Metal Alternativo, “Battles” consegue ser um trabalho interessante, apesar de ser cansativo.
Cansativo no sentido da banda seguir basicamente o mesmo padrão de trabalhos anteriores. Uma modernidade no som, riffs cativantes, refrões grudentos, solos coesos, umas batidinhas eltrônicas ali, uns efeitos na voz acolá e assim vai indo ao longo de seus pouco mais de 47 minutos. Esse é talvez o grande problema de seguir fórmulas pre determinadas. Soar altamente previsível, e consequentemente, uma perda na magia da audição.
No resumo da ópera, “Battles” certamente dividirá opiniões. Para os mais radicias fãs, um dos trabalhos menos interessantes da banda. Para quem tem uma mente mais aberta ou fãs do estilo alternativo, algo que se deve conferir e se atentar.
Formação:
Anders Fridén – vocais
Björn Gellote – guitarras
Niclas Engelin – guitarras
Peter Iwers – baixo
Joe Rickard – bateria
Faixas:
Drained
The End
Like Sand
The Truth
In My Room
Before I Fall
Through My Eyes
Battles
Here Until Forever
Underneath My Skin
Wallflower
Save Me
Greatest Greed (bonus)
Us Against The World (bonus)